terça-feira, outubro 03, 2006

A essência

Não me ocorre um casal menos interessante que aquele cujos elementos oferecem perfumes um ao outro.
É o presente em cujo rótulo deveria estar: "Somos chatos".
Um presente tem uma carga, tem um simbolismo, um propósito. Se assim não for não faz qualquer sentido oferecerem-se coisas.
Mas que carga pode ter um perfume ?
É como dizer: "Epa, até cheiras bem, mas acho que com isto podias cheirar melhor!"
Pessoalmente, não há nada como snifar o perfume natural da nossa carinha metade. É como inspirar a sua própria essência. E quem não gosta da essência do objecto da sua paixão, como raio pode gostar (muito?) dele em si?

João