domingo, novembro 02, 2008

Economia & Gripe das Aves

Já estou farta de ligar o telejornal e só ouvir falar da crise económica. Até porque nós, portugueses, já estamos em crise económica há anos. «Apertar o cinto» é já uma expressão demasiado familiar. Já tenho saudades da gripe das aves e do fim do mundo eminente que a mesma iria trazer. Os telejornais eram mais divertidos nessa altura.


Framboise

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sábado, novembro 17, 2007

Colisão

Antes do choque, antes da colisão, há um instante. Há um instante em que cada uma das pessoas pode escolher desviar-se. Durante esse instante é díficil termos consciencia do que está acontecer. O corpo age por si, e se nos desviarmos, é por puro instinto. É pela natureza mais intíma, pela que fica escondida a guardar-nos o intelecto, e não nos deixa fugirmos dele. Se quisermos realmente ir por onde iamos, batemos, e acabamos por ficar parados. Se por outro lado nos desviarmos, e a pessoa que está do outro lado não, ficamos com a sensação que nos desviamos de um ataque, e não de uma ocasional e não-desejada colisão.

João

quarta-feira, agosto 29, 2007

adiar a saudade

Depois de esperar que a lua me deixe só, sentado sobre a silenciosa noite que atravessa a janela, desisto de adiar esse Romeu-sem-Julieta que é dormir sem ti, e uns degraus e suspiros depois... adormeço, sozinho, sendo ninguém.

João

sábado, agosto 11, 2007

Hostel (2005)

(Pode conter spoilers)

Basicamente, o filme é a história de três estudantes a viajar pela Europa, e querem comer umas tipas boas. Um rapaz que conhecem por acaso, na Holanda, manda-os para uma pensão na Eslovénia, onde lhes promete que vão encontrar as melhores mulheres à face da terra.
Até aqui tudo bem.
Afinal de contas, é tudo um plano para enviar os jovens para uma organização de assassinos que se divertem a torturar pessoas, como quem vai a um jogo de futebol. Dois dos estudantes morrem, mas o espertalhão do grupo lá se safa, apesar de ficar sem uns dedos e sobreviver sem grande dificuldade a horas e horas de hemorragias por parte dos ditos. Ainda tem tempo para passar a ferro as moças que os tinham seduzido e enviado para a organização, mais o tipo que tinham conhecido na Holanda, torturar um velhote que também fazia parte do plano, e fugir à polícia. Deu-se também ao trabalho de salvar uma amiga asiática das garras da organização, mas todo o seu esforço é em vão: quando a tipa se vê sem um olho e a cara feita num bolo, atira-se para debaixo de um comboio, espirrando sangue para alguns passageiros que se encontravam nas redondezas.
Tal como o meu co-blogger disse, há uns meses atrás, do filme 'House of Wax', este é um filme de nojos, não de terror. A história até que seria interessante, mas o filme acaba por ser patético. Podiam poupar-nos a longos minutos de torturas nojentas, porque farto de ver isso já o público está.

4/10, porque a história até podia ser boa e os cenários são excelentes (quando não estão espirrados de sangue)

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sábado, julho 28, 2007

Sono

Quando estamos cheios de qualquer coisa, o normal é nao conseguirmos falar sobre essa coisa em particular (comida, por exemplo). Mas quando estamos cheios de sono, é dificil falar sobre seja o que for. O sono é o maior controlador das nossas acções, o mundo é talhado em função das horas de sono que cada um dormiu. Estar cheio de sono é um acto de importância tal que não é apenas um mero "estado" físico, mas uma outra doutrina. No momento em que nos encontramos cheios de sono, há toda uma nova filosofia de vida a invadir-nos o pensamento, como se houvesse um "eu" que tivesse continuado a dormir, e ficamos a operar a meia-alma, meia-consciencia, meia-vida.

João

Memória

Há pequenos momentos que, embora não recordemos, sabemos que estão algures na nossa memória, e que somos como somos em parte por causa deles. Uma relação enche-se destes momentos: beijos, passeios, luares... são como a infância, podemos nao nos lembrar ao certo, mas sabemos que passámos por ela, e que foi espetacular!

João

quarta-feira, julho 25, 2007

tempo

Às vezes aprende-se mais em dois dias do que em dois anos.

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segunda-feira, julho 23, 2007

Jazz de sotão

E ainda por cima tem um CD novo.

A secretária ainda cheia de pó, com uma pilha de livros suavemente desalinhada.A luz do sol que vai nascendo pelo vazio que fica entre os cortinados, e o som nocturno de quem olha a cidade pela janela do sotão. Isto tudo... e um pouco de Jazz.


Two sleepy people by dawn's early light
And too much in love to say goodnight

João

sábado, julho 14, 2007

Ciúmes

Quando eu já estava a sossegar
Quando eu já estava a adormecer
Vi-te dançar, e a minha paz morreu

Odeio a luz do teu olhar
Quando não brilha só para mim
Pensei que fosses um brinquedo meu

Jorge Palma - Finalmente a sós, no ainda fresquinho - Voo Nocturno.

Sou, segundo o google, a primeira pessoa do mundo a escrever esta letra na internet. Não há nenhum prémio do guiness para isso :P ?

João

sexta-feira, junho 29, 2007

A tal lista..

Fico triste pelo meu querido Sinatra nao aparecer sequer na lista. Não sei se têm alguma restrição ao "género"... De resto acho que é bastante obvio que qualquer lista destas vai ser sempre bastante diferente da nossa.. que é sempre a melhor!

João

500 melhores músicas de sempre...segundo a Rolling Stone. (2)

O meu co-blogger diz que 'Like a Rolling Stone' é a música-ícone do Bob Dylan.
Okay, até aí tudo bem, mas porque é que consideram essa a *melhor* música de sempre? Chego à conclusão que esta é uma lista de músicas que de certa forma foram ícones, cada uma a seu tempo.
Mas isso não faz delas as melhores canções de sempre. Tal lista nunca poderia estar completa, nunca poderia ser minimamente justa. É um risco elaborá-la.

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quinta-feira, junho 28, 2007

500 melhores músicas de sempre...segundo a Rolling Stone.

Vejam esta lista.
Primeiro que tudo, gostava de saber que tipo de critérios terão sido usados na escolha destas canções. E gostava de saber quem é que estes tipos da Rolling Stone acham que são para determinarem quais são as melhores canções de sempre.
Analisemos um pouco do disparate:
Em 35º lugar encontramos a música 'Light My Fire' dos Doors. Esta música é, sem dúvida, de enorme qualidade, mas caramba, é apenas a música mais 'digerível' deles. Esta é a que mais entra no ouvido, só isso. Mas isto é quase desprespeitar o trabalho deles. Têm músicas muito mais complexas e mais bem 'construídas', tanto em termos rítmicos, como melódicos, e especialmente a nível de letra.
E porque é que 357 dessas músicas são americanas? E porque é que 117 são inglesas?
Só os americanos e os ingleses fazem boa música?
E que pancada é essa com os Beatles? Não me levem a mal, adoro a música dos Beatles, mas não creio que 23 das suas canções sejam as melhores de sempre.
Como é que a 'Nothing Compares 2 U' da Sinead O'Connor é melhor que a 'Bohemian Rapsody' dos Queen?
E como é que o Eminem, com 'Lose Yourself' (166º), está acima da 'Paint It Black' (174) dos Rolling Stones? E acima de 'God Save the Queen' dos Sex Pistols, e de 'Losing My Religion' dos R.E.M.?
Mais difícil ainda de compreender é a 'Hey Ya' dos Outkast estar acima de 'Should I Stay Or Should I Go?' dos Clash e de 'Sexual Healing' do Marvin Gaye...e de 'Ziggy Stardust' de David Bowie.
'The End' dos Doors está em 328º, abaixo de 'Lose Yourself' do Eminem e da 'Hey Ya' dos Outkast. Quanto a isto é-me verdadeiramente difícil dizer alguma coisa decente, não-censurável.
Podia continuar aqui para sempre, tal é a minha incredulidade perante tamanhas escolhas, mas afinal de contas, é apenas a minha opinião pessoal.


Meu caro co-blogger, convido-te a comentares também esta lista.

Framboise

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Ditadura (?)

Cheira-me a ditadura quando isto acontece quando alguém diz a verdade.

(agora é melhor calar-me antes que leve o mesmo tratamento!)

Framboise

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quarta-feira, junho 20, 2007

Exames

Hoje fiz exame de inglês. Apesar de ter uma boa média, decidi fazê-lo e venho desiludida. É aquilo que é suposto sabermos ao fim de, pelo menos, 7 anos de aulas dessa língua? Caramba, andamos a estudar para burros.

Framboise

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domingo, junho 03, 2007

Sentimentos marginais

Os sentimentos marginais são aqueles que aparecem sem avisar, de lado nenhum. Os sentimentos marginais são aqueles que têm vista para o mar, neste caso, para o rio.

João

sexta-feira, maio 25, 2007

o português é tramado (2)

" Ele merecia era levar com Os Maias na cabeça. "

Framboise

quinta-feira, maio 24, 2007

O caminho longo

O hábito permite ao cérebro a desatenção necessária para relaxar enquanto pensa, é como os carris do pensamento, orienta-nos os neurónios, e não precisamos de perguntar direcções.
Mas o caminho mais bonito (e mais saudável) é o mais longo, o menos percorrido, é aquele que não nos deixa adormecer.


Two roads diverged in a wood, and I--
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

Robert Frost



João

sexta-feira, maio 11, 2007

Destino



O Destino é ter sido preciso conhecer-te para alguém "bem-me-querer".

João

quinta-feira, maio 03, 2007

Passado

O passado persegue-nos.
Não se pode mudar sem saber o que vamos mudar, o que torna a mudança total impossível. Se estamos a ter em conta o que algo é quando o vamos alterar, o resultado será sempre dependente do seu passado.
Quer queiramos quer não, nunca seremos completamente novos.

João

quarta-feira, abril 11, 2007

politiqueces

Não vos cheira a ditadura?

Fazer o tempo voar (II)

Einstein disse (e provou) que o espaço era curvo, que um raio de luz era desviado por uma grande massa, como se o proprio espaço deixasse de ser direito, como se o caminho mais rápido entre dois pontos não fosse bem uma recta. mas uma curva.
A minha explicação é que, no meio das tuas curvas, o tempo voa.

João

Fazer o tempo voar

The shortest way to everywhere
Beggins with your smile,
goes through your hair,
And then ends in half a mile.

João

sábado, março 31, 2007

Azevedo Silva



(Não podia deixar de partilhar isto!)

Framboise

quinta-feira, março 29, 2007

Nunca ames um artista. Ainda que sejas a sua musa, ficarás sempre em segundo lugar, a sua arte ultrapassar-te-á.


Framboise

Precious Images

Do Rambo ao Charlot

sábado, março 10, 2007

Teco


Tinha olhos de Tigre.
Dormia grande parte do dia, caçava pardais que passeavam pelo meu telhado, fugia pelas escadas quando se deixava a porta aberta e fazia tudo por meia duzia de biscoitos.
Assavanha-se aos estranhos, mimava o dono e nunca se desviava para alguém passar.
Era um gato como se quer, e era o gato mais bonito do mundo.
(Foto tirada pelo dono)
João