quarta-feira, junho 28, 2006

Heroi

Tenho um Disco do Johnny Cash com as músicas que mais êxito foram tendo ao longo da sua carreira.
Não conheço nada da sua vida, personalidade, etc.
A marca que fica é que é, acima de tudo, um belíssimo contador de histórias.
A última música do disco, também o seu último single (penso), é um revisitar da sua vida, onde questiona o que fez com ela.
É o contador de história a contar a sua história.
Como se ficasse com inveja de todas as personagens que criou, e no final não resiste a ser o (anti) heroi.

João

Sr pessimista

Depois de ler uns quantos textos do Sr Pedro Mexia, pessimista inabalável, é inevitável que não escreva qualquer coisa na mesma sintonia, como se o meu cerebro tivesse ficado naquela frequência.

Aconteça o que acontecer, ninguém me tira da cabeça que o ser vivo do sexo feminino que mais aprecia ir para a cama comigo chama-se Tita, e está agora ao meu colo a miar.

João

Em resposta..

Não me atrevo a escrever sobre a minha história de gostos musicais, entre os 10 e os 16 anos (antes não me lembro sequer quais eram) começam no ridículo e acabam no vergonhoso.
Por enquanto, fico-me pela Julie London.

João

Música(s) da minha vida

Estava num daqueles raros momentos em que ligo a TV e pus-me a fazer zapping. Tive sorte, pois estava a dar o programa Elas Sobre Eles, e o tema de hoje era a música, a diferente sensibilidade dos homens e das mulheres para a música. Aplaudo este programa, especialmente a excelente escolha da música no fim, Julie London, "Cry Me A River" (música essa que não conheceria se não fosse o meu co-blogger).
Devo dizer que acho que não são só as mulheres que ligam às letras e se identificam com montes de músicas nos seus desgostos amorosos (e aqui pensei, 'eu!, eu!, eu!'), mas também os homens. Sim, também eles ligam muito às letras, também muitos deles procuram músicas com cuja letra se possam identificar. Apesar de, provavelmente, serem mais as mulheres a fazer isso.
Depois perguntaram quais as músicas que mais nos marcam e quais as que marcaram tanto que preferíamos esquecer.
Assim sem pensar muito, a música que mais gostava de esquecer era a "Knockin' on Heaven's Door", versão dos Guns n' Roses (esta música persegue-me nos momentos mais estranhos). As que marcam mais...vou tentar abreviar a lista o mais possível:
The Doors - Touch Me
The Animals - House of the Rising Sun
Massive Attack - Live With Me
The Doors - The End (this is the end...beautiful friend...this is the end, my only friend, the end)
Ornatos Violeta - Ouvi Dizer
Faith No More - Easy
Mettalica - Nothing Else Matters
Okay. São todas músicas que, simultaneamente, gostaria de esquecer. Mas hoje não me apetece explorar a ambiguidade da questão.
Quando estou bem-disposta, ou me apetece ouvir algo leve, costumo ouvir Edith Piaf ou os Beatles. Enfim. Há muitas mais, mas se dissesse todas nunca mais saía daqui, e o post tornava-se ainda mais chato do que já está.

E agora desafio o meu co-blogger a escrever também um pouco sobre o assunto.

Framboise

terça-feira, junho 27, 2006

Memória I

-És parecido com o gajo do filme.
-Hum...sim, por vezes sou um psicopata doido. Tenho uma mente muito estranha...

(adaptado)

Framboise

Romantiquises

Eu sei que sou suspeito, que o futebol não é a minha paixão.
Mas que moda é esta na nova geração de comentadores de futebol ?
Uma equipa não é uma equipa, mas sim um grupo de trabalho.
Um jogo não é mau ou fraco, é cinzento.
A bola não bate no poste, embate...
Que tentativa ridícula é esta de tentar transformar o simples comentador de futebol num crítico literário ? Um estranho esforço de adjectivar aquilo que tem de ser apenas relatado, objectivamente, de preferência.

João

segunda-feira, junho 26, 2006

Erros

O terror...
Nunca escrevi muito (como se nota), e por essa falta de hábito dou por mim a duvidar das palavras mais banais, mas que têm aquelas excepções ás regras que so quem já as escreveu ou leu se lembra.
Quando isso acontece, o habitual é escreve-la das duas maneiras possiveis no Google e ver qual o resultado com mais ocorrências.
A dúvida: "Sensacção".
Ocorrências: 33.
Segunda e terceira ocorrências: Brisa...
Aprende-se mesmo com os erros!
E também se ri um bocadinho, neste caso.

João

domingo, junho 25, 2006

Verão

Ao ler um delicioso post aqui, fiquei a pensar nos maravilhosos Verões da infância. Os Verões que passava no Algarve, antes de começarmos a fazer viagens por todo o país ou para o sul de França.
Ficávamos sempre numa pequena aldeia, na casa do companheiro da minha avó. A casa era pequena. Tinha um retrato de uma menina num dos quartos. Não me lembro quem era essa menina. Tinha também uma TV que não me lembro se funcionava. Ao fim da tarde costumava ir passear com a minha irmã, nove anos mais velha. A seguir às refeições íamos sempre ao café, os adultos conversavam e bebiam o seu café enquanto eu comia o meu gelado. Quando havia jogos de futebol os homens da aldeia costumavam ficar a vê-lo na TV do café, entre cervejas e cigarros.
Naquela aldeia havia uma quinta, e uma vez a minha irmã e a rapariga dessa quinta pregaram-me um susto que nunca esquecerei. Tinham-me dito que ia ver porquinhos pequeninos, e eu toda contente a pensar nuns porquinhos estilo ilustração da Anita fui atrás delas, até um murozinho de madeira. Quando me içaram para ver o que estava atrás do muro, estava um porco enorme, monstruoso, maior do que eu imaginava ser possível. Gritei e elas riram-se.
A praia era a dois passos dali. Lembro-me de estar sempre a escavar na areia. E de um dia me perder dos meus pais e não entrar em pânico - dirigi-me a duas simpáticas raparigas deitadas numas toalhas ali perto.

Mas lembro-me de tudo isto como algo muito distante. Porque estas férias que descrevo foram anuais apenas até aos meus cinco ou seis anos. Não me lembro do nome da aldeia. Não me lembro do nome da praia a que costumávamos ir. Vou perguntar à minha mãe e procurar mais recordações em albuns de fotografias. Já nem me lembrava destes momentos da infância...o que despertou esta maré de recordações foi de facto o post do blog acima referido, e cujo ambiente descrito nada tem a ver.

Framboise

Edit: Já perguntei. A aldeia chamava-se Barão de São João e as praias eram a Praia de D.Ana e Meia Praia. Falta procurar as fotos!

quinta-feira, junho 22, 2006

A paciente sem paciência

'-Os rapazes que costumas gostar têm alguma coisa a ver com o teu pai?
-Oh! Não se arme em Freud comigo!'

Framboise

Tideland

Muitas vezes encontramos pura genialidade onde não se esperava.
A primeira season de Seinfeld teve uns vergonhosos 4 episódios, ninguém achou que uma das mais bem escritas series de sempre tivesse algum valor.
Em 2004 uma jovem de 19 anos edita um cd que eu ainda não me fartei de ouvir, e cuja visão total nunca ei de adquirir.
Hoje uma outra jovem, no mais recente filme do ex Monthy Python, Terry Gilliam, encantou-me, levou-me a um mundo novo, fez-me esquecer o velho, e lembrou-me que a terra dos sonhos está onde quisermos que esteja.

João

quarta-feira, junho 21, 2006

Regresso à infância

Quando era pequena, eu pouco ouvia do que os meus colegas da escola ouviam. Backstreet Boys, Spice Girls e Britney Spears a mim pouco diziam. Eu ouvia o que a minha irmã, nove anos mais velha, costumava ouvir.
Uma das bandas que ouvíamos com mais frequência era os Silence 4. E na altura eu adorava aquela música. Fazia-me vibrar. Mas claro, não sabia inglês suficiente para compreender as letras.
Há pouco tempo saquei algumas coisas deles. E agora, aqui estou eu a redescobri-los, oiço o CD Silence Becomes It e estou deliciada. Agora ainda gosto mais deles do que gostava nos meus tempos de infância. E claro, as músicas deles fazem-me lembrar, inevitavelmente, as longas viagens de carro com a família, quando éramos uma daquelas famílias felizes, de fazer inveja.

Gostaria de vos presentear com a música, mas não a encontrei em nenhum site...aqui fica um excerto da letra da canção 'Borrow':

You're never here
You're never near here
What day is this?
What day?
Whose day is this?
Put me in your supermarket list
I'm here, I'm real, it's true, I do exist

Framboise

terça-feira, junho 20, 2006

Timing Incorrecto

Creio que, se certas pessoas aparecessem na nossa vida em certas alturas, muitas relações corressem melhor.
Assim, quando aparecem na altura errada, essas mesmas relações mal chegam a existir.

Framboise

Preguiça

Temos o hábito de atribuir juizos em função do passado.
O Benfica é bom porque já foi bom.
Qualquer novo programa da TVI é mau porque, enfim, é da TVI.
O mesmo para filmes como Tom Cruise, ou de outro nome mais sonante como Kubrick, este em oposição ao anterior, claro.

Ontem a noite enquanto ouvia rádio passou uma música que me agradou, e que eu pensei ser de uma recente cantora, cujo CD eu até gosto.
Afinal não era, era da Bjork. Ou devo dizer, Bleck !

João
Quando cada episódio da serie Lost tem cerca de 300 fontes, é caso para perguntar se o especial passou a banal.

Classes

Aprendi a desejar muita merda enquanto andava no Conservatório de dança.
O hábito ficou, e quando hoje o desejo a alguém, respondem-me com um olhar assustado, ao que eu respondo:
-Não agradeças, dá azar.
E depois admiro-me quando me chamam estranho.

João

segunda-feira, junho 19, 2006

Góticos de hoje em dia

Uma pergunta importante: hoje em dia, para se ser gótico, é preciso ter no currículo uma série de fotos na Quinta da Regaleira?
Parece-me que a Quinta da Regaleira está para os gós como o LOFT para os betos, ou a Jamaica para os rastafari. É a Terra Prometida!

(Okay, okay. Se calhar estou a generalizar demasiado. Mas apeteceu-me gozar um pouco com o facto, desculpem lá.)

Framboise

domingo, junho 18, 2006

Conversa de Bêbedos ou O português é tramado!

'-Qual David?
-O David! Aquele que anda de mulatas!
-AHAHAHAHAHAH
-UMA DE CADA LADO!'


Framboise

O Retrato de Dorian Gray

'-(...) Somos castigados pelas nossas renúncias. Cada impulso que tentamos estrangular germina no cérebro e envenena-nos. (...) Nada mais permanece do que a lembrança de um prazer, ou o luxo de um remorso. A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é cedermos-lhe. Se lhe resistirmos, a nossa alma adoece com o anseio das coisas que se proibiu, com o desejo daquilo que as suas monstruosas leis tornaram mosntruoso e ilegal. (...) É também no cérebro, e apenas neste, que ocorrem os grandes pecados do mundo.

(...)

Uma crise de soluços convulsivos sufocou-a. Enrolou-se no chão como um animal ferido e Dorian Gray olhou para ela com os seus belos olhos, e os lábios contrairam-se-lhe numa expressão de desdém. As emoções das pessoas que deixámos de amar afiguram-se-nos sempre ridículas.'

"O Retrato de Dorian Gray" - Oscar Wilde

sábado, junho 17, 2006

Viagem ao passado

Fazer um calendário de 2007 e dá-lo a um Espanhol.
Quem diz 2007 diz.. vá, 3007.

Viagem ao futuro

Fazer um calendário de 2007.

Recolha do lixo(2)

Tal como as cordas da minha guitarra, muitas outras coisas precisam de ser afinadas, ou até substituídas.
Uma delas será com certeza o calendário de 2005 que está no hall de entrada.
Ou será que o ideal por aqui é mesmo viver no passado ?
Estou a pensar comprar um calendário de 1500. Por volta da descoberta do Brasil.
Se calhar não, nessa altura havia menos feriados, já para não falar na total ausência de Pai Natal.
Por outro lado evitam-se o carnaval e as marchas.

João

Recolha do lixo

É tarde. É um pouco tarde.
Estava a dar um filme, envolvia presos e futebol, e é tudo o que recordo. Ia-me deitar, mas depois de estar confortável e de luz apagada na cama, lembrei-me de umas coisas para fazer, e voltei a ligá-la, a luz. Enquanto o PC liga afino a guitarra, que hoje está teimosa, parece-me que não quer ser tocada, por isso desisto, depois de uma tentativa ridiculamente falhada de encarnar uma tresloucada, sensível e estranhamente delicada estrela rock.
Durante o intervalo do filme passo pela tvi - Fiel ou infiel, e tv2 - Álvaro Cunhal VS Mário Soares. Em consequência, um pensamento: seria preferível o comunismo ter ganho as eleições a seguir à revolução e ter-se aguentado até hoje, ao menos justificaria o ridículo ao que a mentalidade da nossa sociedade consegue chegar. Quer dizer, se calhar seria precisa toda uma nova doutrina política para o fazer.
À excepção de uma tira de luz que se escapa da porta da casa de banho, a casa está toda escura.
Continuo com um certo receio do escuro, não sei porquê, mas tenho sempre a sensação de que se esconde alguém na sombra fria da pedra da marquise, sensação que julgo me acompanhará durante muitos anos.
Nota: Comprar casa sem marquise.
E como quando se tem pouco ou nada a dizer, o melhor é ouvir os outros, eu vou dormir, na esperança de que o que a (sub)consciência tem para me dizer seja útil.

sexta-feira, junho 16, 2006

'Era uma vez...

Uma menina muito alegre, irrequieta e saltitona que passava todos os dias a rir, fazer rir, correr e brincar, livre como um pássaro, ágil como uma lebre, sonhadora como uma nuvem.
(...)
Como não conseguia explicar nada disso por palavras, continuava a rir, sorrir, brincar, e correr e...cair...até que aparecia a vontade de chorar. Por vezes e apesar de pequenina também lhe doíam as feridas da sua alma e sentia as injustiças que a rodeavam. Sem se aperceber ou tomar consciência disso foi lentamente reparando como as pessoas eram capazes de ser más. Tão más que a faziam chorar quando a sua única vontade era rir e saltar. Mais tarde, percebeu que se calhar nem todas as pessoas eram más. Eram, talvez, injustas! (...)'

Alda Rodrigues

quinta-feira, junho 15, 2006

Discurso Inspirado

"-O que está a dar é o comunismo! A onda paz e amor! Tipo a Floribella...ela é altamente comunista! «Não tenho nada, mas tenho tenho tudo, sou rica em sonhos e pobre pobre em ouro...» e o Jony que é um fascista do caralho não deve concordar mas pronto! Que se junte ao Hitler!
(bebe mais um pouco de gin)
É que isto é bonito! Ver aqui tantas pessoas que não se conhecem, juntos por uma causa...uma causa que é o meu ANIVERSÁRIO! Epa a serio, é bonito de ver, vieram aqui em minha honra, 'tamos nesta onda paz e amor, o pessoal fuma umas ganzas, hoje toda a gente deu uma passa porque eu pedi, vocês que são gente tão saudável e sem vícios...e É BONITO! E eu gosto MUITO de vocês! Que são mesmo meus amigos e vieram aqui hoje celebrar esta data tão importante...
-Cala-te pa...'tás bêbeda!"

quarta-feira, junho 14, 2006

Please, please, please, let me get what I want. - Muse

Depois da tempestade, a bonança. Oh, era bom pensar que sim, que os fantasmas acabam por ir embora, mas o medo toma conta de nós, o medo de mudar, o medo de mudar aquilo que foi mudado desde a última mudança, e que não é agradável, mas é mais confortável assim...oh, o medo...se isto é a bonança, ah, faz com que tudo corra bem, faz com que tudo corra bem e não me deixes estragar tudo desta vez, sim, eu sei, fui sempre eu que estraguei tudo e por uma, uma única vez quero ter a capacidade de criar algo sem que o destrua logo a seguir.

Framboise

Subtítulo

Depois de mudar o subtítulo (ou lá o que lhe quiserem chamar) do blog fui confirmar se havia de facto algum blog com esse nome.
Havia.
Como pode uma empresa de maquinaria ter um blog chamado mais coisa menos coisa?
Alias, como pode uma empresa de maquinaria ter um blog ?
Check it out.

João

terça-feira, junho 13, 2006

Ele pede auxílio...

Olhem meus senhores, desculpem incomodá-los, eu sou um doente de SIDA e encontro-me desempregado. Não tenho familiares nem tecto, ou ainda qualquer tipo de apoio estatal. Peço-vos auxílio na medida das vossas possibilidades e sensibilidade à minha situação
E a frase fica ali, assim, parada no ar, o comboio fica em silêncio, ninguém diz nada, todos fingem não o ver, olham pela janela, olham para o livro, ligam os mp3, todos ficam incomodados mas todos fingem que nada ouviram.

Framboise

Marchas (2)

Não vejo as marchas por um simples motivo:
Nas marchas não vão de certeza haver ataques terroristas.
Como é que eu sei isto ? por dois motivos, um deles sorrateiramente plagiado.
Ora vejam, um ataque terrorista nas marchas seria algo demasiado bom, e coisas demasiado boas nunca acontecem por este país.
Já um terrorista que visse as marchas iria com certeza pensar que estavam todos maluquinhos, e explodir com o aparato seria apenas bater no ceguinho.
E como o único interesse que eu consigo ver nas marchas era se alguma delas explodisse e se fundisse com o habitual fogo de artifício, e isto não deve acontecer, não as vejo.

João

segunda-feira, junho 12, 2006

Marchas

Não percebo como é que se pode cantar "cheira bem, cheira a Lisboa" quando se tem ao lado cerca de 132 toneladas de sardinhas. Alias, não percebo como é que se consegue cantar com 132 toneladas de peixeiras ao lado. Desculpem, sardinhas.

João

Tendências

-Tens um site ?
-Não, tenho um blog.

domingo, junho 11, 2006

Formula 1

Desde que mudei o canal que ficou claro: Alonso ia ganhar.
Portanto a piada daquilo estava na disputa do 2º lugar, um frente a frente de dois pilotos cujo nome não recordo (até recordo, mas não os sei escrever). Sempre pensei que fosse essa a essência da formula 1, a competição do momento, quem consegue sair melhor da curva antes da recta final e dizer adeus ao companheiro que fica para trás.
O 3º lugar passou o 2º porque demorou menos 1.2 segundos nas boxes.
Eu nunca gostei, mas é por isto que tanta gente adora fórmula 1? Ou resolvi eu ve-la num dia de azar?

João

Suzanne (2)

Em resposta (---------->)
Esta com direito a letra e tudo :

Suzanne takes you down to her place near the river
You can hear the boats go by
You can spend the night beside her
And you know that she's half crazy
But that's why you want to be there
And she feeds you tea and oranges
That come all the way from China
And just when you mean to tell her
That you have no love to give her
Then she gets you on her wavelength
And she lets the river answer
That you've always been her lover
And you want to travel with her
And you want to travel blind
And you know that she will trust you
For you've touched her perfect body with your mind.

João

Suzanne

Sentado na cadeira que já faz uns anos que me tem acompanhado, a ouvir Leonard Cohen a falar de histórias de amor pelas quais nunca passei, perfeitas na sua paralela realidade. Um erro no meu último post. Uma imperfeição da realidade que ali ficou, sem que ninguém notasse nela, inócua, só, e suponho: triste.
O blog parece diferente, está mais bonito ou é apenas o toque absolutamente feminino e subtil da foto da tânia? Afinal é o template, alguém o mudou, está bonito.
O erro continua lá, "Narcista". Não lhe vou mexer, gostei dele, uma imperfeição, só e triste.
You can hear the boats go by, you can spend the night beside her..
E o tal Cohen, o contador de histórias despertou-me um pouco.
E eu podia. Podia passar a noite com ela. Podia apenas ouvi-la e conversar com o olhar enquanto a via pelas ideias. Com todas as imperfeições, todas. Se possível à mostra, sós e tristes.
Nenhuma delas interessa quando são reais, foram feitas para estar ali. "Narcista".
O blog realmente está mais bonito, e eu aqui sentado, a queixar-me, em vez de também eu aproveitar as imperfeições e mudar de Template. Mas como aqui se passou, é preciso uma senhora para isso. Costuma ser, diga-se.
Ela continua à minha espera no sofá, para passar a noite ao meu lado a conversar com o olhar, com um CD do tal Cohen contador de histórias como banda sonora. Eu optei pela opção crónica, e vou dormir, enquanto ela ouve histórias. Perfeitas.

João

'Para onde vão os amores que foram um dia?'


Framboise (© 2006)

sábado, junho 10, 2006

Egoísta

Aquele que escreve bem, que tem noção disso, mas guarda tudo na gaveta. E a fecha à chave.

Framboise

quinta-feira, junho 08, 2006

Narcista

Aquele que põe no blog um link para o próprio blog.

João

A besta

Só há uma coisa que me consegue irritar mais que a incompetência dos outros, e é a minha própria incompetência. Hoje tive direito ás duas.
Foi também o dia com as duas horas mais inúteis da minha vida.
Se a besta nasceu á uns dias, hoje começou a fazer vítimas.

João

segunda-feira, junho 05, 2006

Reflexões sobre a escrita

Pergunto-me o que me leva a escrever tanto e com tanta frequência. Grande maioria das coisas que escrevo não é publicada (geralmente acho que não vale a pena, ou é demasiado pessoal).
A primeira razão é óbvia: necessidade. Necessidade de comunicar, de desabafar, de exprimir emoções e ideias. Mas para além da necessidade...porque considero a escrita uma parte tão importante da minha vida?
Não sei. Não encontro resposta alguma a esta questão. Se calhar a única razão é mesmo essa, a necessidade. É tão natural como comer. Grande maioria das vezes nem me dá muito prazer. Às vezes até dói. Talvez seja por ser a única forma de ser completamente sincera e transparente. Apesar de as palavras serem enganadoras, por vezes. Mas de qualquer forma, geralmente escrevo coisas que não são para outras pessoas lerem. São cartas para ninguém. É no máximo, uma conversa comigo mesma, como disse um professor há uns dias.
De vez em quando olho para alguém que me apetece retratar ou vejo alguma situação e a partir daí desenvolvo histórias. Mas, mais uma vez, é apenas uma necessidade...necessidade de dar asas à minha imaginação, que nunca pára, nunca pára...gosta de inventar situações, sentimentos, construir lugares. A minha imaginação tem vida própria. Limito-me apenas a escrever o que me vem parar à ponta dos dedos.

Framboise

Quotation

'Olha. Sou isto.
Já nem quarto minguante. Lua nova.
Estou sempre mas não me vês.'

Rodrigo Guedes de Carvalho - 'Mulher em Branco'

(é o tipo de coisa que se deve escrever com letra pequenina. tão pequenina que mal se vê. só para se guardar, mas para mais ninguém reparar...)

Framboise

domingo, junho 04, 2006

Red Hot in Rio

Não fui ver Red Hot ao vivo, alias, nunca fui ver Red Hot ao vivo, embora seja provavelmente a unica banda que desde sempre me lembro de gostar, mas vi ontem na Sic Radical, e gostei, muito.
Passaram as musicas que eu gostava que passassem, até aquelas que quem não conhece os cds todos não conhece.
Faltou uma, esta ------------->
Só encontrei em versão Real Audio, e se não tiverem o Real Player não a podem ouvir... roam-se !

João

Aparte

Não. Isto não se tornou um Blog de mulheres, embora eu não me importasse nem um pouco. Apenas não resisti a frisar o que a série de melhor tem.
So espero que a rapariga cá do sítio não se meta com ideias. Não desejo de todo ver aqui fotos de Brad Pitts e derivados.

João

Lost (4) ou "A patusquice"


Emilie de Ravin

Lost (3) ou "latin look"


Michelle Rodriguez

Lost (2) ou "Glamour light"

Maggie Grace

Lost (1) ou "Aqueles olhos.."

Evangeline Lilly

sexta-feira, junho 02, 2006

Sabia lá eu


Sabia lá eu que era a última vez que tínhamos estado juntos.
Ele não estava na cama. Deixei-me ali ficar uns minutos a apreciar a beleza da luz da manhã. Pensei que ele talvez tivesse ido tomar banho, mas nunca mais ouvia a água correr. Fui até à cozinha pronta a fazer uns ovos mexidos com bacon, que ambos tanto apreciamos, e em cima do balcão branco,

branco como os lençóis
branco como este vazio que me invade agora

estava um recado escrito na sua letra catastrófica. E apenas dizia 'Tenho que ir embora. Não pensei que fosse tão cedo, mas como sabes não tenho escolha. Sê feliz. Um beijo...V.'
Puxei uma cadeira e sentei-me. Não sabia o que havia de pensar. Sabia que isto era inevitável e iria acabar por acontecer, mas caramba, nunca pensei que fosse tão cedo. E agora? Não conseguia pensar com clareza. Enfiei dois Xanaxes e bebi meia garrafa de whiskey quase de seguida. Acendi um cigarro e deixei-me ali ficar a olhar o vazio

a sentir o vazio

vagueei pela casa à procura das coisas dele, ele que nunca se tinha instalado, só tinha umas coisas aqui e ali. Mas poucas, sempre poucas, como quem diz

não vale a pena instalar-me, um destes dias vou embora

Mas coisas suficientes para se perceber que ali vivia um hóspede permanente e que qualquer outro não seria tão bem-vindo.
Tentei telefonar-lhe, mas tinha o telemóvel desligado. Vesti umas calças e uma t-shirt e fui à rua comprar mais cigarros e bebidas.
Avizinhavam-se longos dias de bebedeira e de embate no fundo do poço.

Framboise

quinta-feira, junho 01, 2006

Odeio as crianças(2)

No próximo sábado o meu ginásio vai dedicar um dia ás crianças.
Serão colocados insufláveis gigantes na piscina. Exclusivos para pais e filhos.
A coisa vai-se tornando mais séria.

João

Odeio as crianças

Hoje, por causa do dia da criança, a 2: decidiu emitir um filme qualquer do Batman em vez do já habitual "Friends".
Alguém vai sofrer.

João

Playing God

Queremos ser deuses, controlar o pensamento dos outros, nem que seja os pensamentos sobre nós.
É por isso que nos vestimos bem, que gostamos que nos dêem atenção ou até que gostem de nós. Grande percentagem do que fazemos tem como objectivo único controlar o que os outros pensam, e quem disser que não quer que pensemos em si como um deus da humildade.
São poucos os actos de real altruísmo. E os que são, ou são geniais, ou apenas inconscientes.

João