quarta-feira, maio 31, 2006

Ouvi Dizer...




Metro do Chiado à noite. Letras de Ornatos Violeta, escrito sabe-se lá por quem, manipulação por mim, fotografado por mim ou pela Tats, não me lembro.


Framboise (© 2006)

Reflexos do pensamento

Ás vezes, quando algo inesperado corre mal, solto um expontaneo mas metodico: "Caralho!".
Depois pergunto-me "mas estou irritado com quem para me manisfestar assim?"
E por não saber responder a isto, irrito-me comigo mesmo.

João

terça-feira, maio 30, 2006

Terra prometida (3)

Aquele sítio onde acordamos e não temos que fazer o que temos que fazer sempre que acordamos.

Terra prometida (2)

Aquele sítio.

Terra prometida (1)

Aquele sítio onde se é quem se quer ser. Mesmo nas discussões.

domingo, maio 28, 2006

Katie katie...

Não sei como, mas aconteceu. Por uns meses esqueci-me desta voz, desta serenidade e beleza.
Esqueci-me. Nunca mais tocou no meu leitor, nunca mais vibrou nos meus ouvidos, nunca mais me acalmou o espirito, nunca mais me apaixonou.
Por uns tempos, esqueci-me. Não me perguntem como.

Just watch this.

João

Opiniões

Hoje as opíniões contam muito. Tem-se menos consideração por alguém que gosta de alguém que não gostamos do que por esse alguém em si.
Por exemplo, eu tenho menos consideração por alguém que diga que gosta do Tom Cruise do que pelo Tom Cruise em si, e acreditem que a minha consideração por ele já é bastante pouca.
Isto acontece porque, o Tom Cruise, coitado, é como é, quanto a isso pouca coisa pode fazer, enquanto que quem dá opiniões tem a escolha de gostar ou não, tem razões para o fazer, e se as suas razões não agradam, muito dificilmente o resto da pessoa agradará.

João

sexta-feira, maio 26, 2006

Forever young

Considero este o maior concelho que alguém alguma vez deu.
Just read it carefully (dirigido especialmente à recente aniversariante):

May God bless and keep you always,
May your wishes all come true,
May you always do for others
And let others do for you.
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May you grow up to be righteous,
May you grow up to be true,
May you always know the truth
And see the lights surrounding you.
May you always be courageous,
Stand upright and be strong,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May your hands always be busy,
May your feet always be swift,
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift.
May your heart always be joyful,
May your song always be sung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

Forever young- Bob Dylan

João

quinta-feira, maio 25, 2006

Happy b-day

Hoje faço dezasseis anos. Aprendi que ainda não aprendi porra nenhuma.
Tantos amigos já me deram os parabéns, mas quem eu mais queria que se lembrasse, fingiu que se esqueceu.

Happy birthday to me.

Framboise

Queda

Quando se tem fome e não se come, o corpo, passado um certo tempo, começa a queimar lípidos (se os meus antigos conhecimentos de biologia não me traem...), e a fome passa.
Quando entramos num transporte público com um cheiro que faria uma possilga de porcos parecer um Channel, o cérebro eventualmente cansa-se, e deixa de enviar mensagens de desespero ao nariz.
O mesmo se passa (pelo menos com o meu corpito) com o sono e o cansaço. Depois de vários dias a dormir pouco e a descansar ainda menos, o tal estado de antigo desconforto passa a ser o normal, o cérebro deixa de gritar constantemente a frase "Já ias dormir uma sesta !!", e deixa-nos continuar a nossa vidinha. Eventualmente algo cede, e a queda, além de durar, é dura.

João

terça-feira, maio 23, 2006

Dizer ou fazer

O ter muito que fazer está implicitamente ligado ao não ter nada para dizer.
Ambos se compensam, e ambos compensam.
É bom tar algo para dizer, mas também é bom ter algo para fazer.

João

domingo, maio 21, 2006

Poema da Noite (1)

Perdidos
A fumar cigarros
Debaixo de candeeiros de rua
A noite está calma
Tão estranhamente calma
Apetece-me gritar-te
Mas de qualquer forma
Nunca irias ouvir
Não olharias para trás sequer
Pois sou agora
Uma sombra do teu passado.
Uma sombra,
Nada mais.

Não tocarei mais àquela campainha,
Já não sou capaz...
O meu pedacinho de céu
É agora um incómodo inferno.
Foram apagadas
Quaisquer boas memórias
E resta agora o silêncio
Esse silêncio devastador
Daqueles que tiveram que calar
Tudo aquilo que
Tiveram para dizer um dia
Mas que engoliram e amarraram
Emoções e palavras
Pois não eram
(Nunca foram, nunca seriam)
Apropriadas.

Sentada na estátua
Fumo mais um cigarro
E espero que um dia
Ganhes coragem de fazer
Todas as perguntas
Que não conseguiste formular.


Maria S.C.

sábado, maio 20, 2006

Só para deixar uma breve mensagem...

... Tudo o que tenha a ver com Firewalls, scandisks, updates, ServicePacks, Formats, etc... é nojento.

João

quinta-feira, maio 18, 2006

Lonely Day


(Não foi um dia solitário. Mas achei que ele tinha ficado com um ar solitário na foto. Má qualidade de imagem, é pena. Ah, já me esquecia de mencionar...o modelo é o meu co-blogger João.)

Framboise (© 2006)

quarta-feira, maio 17, 2006

Aquele homem de 50 anos.

Apesar da barriga nota-se que é uma pessoa que se mexe com mais à vontade que o normal. Possuidor de uma enorme sensibilidade, mas também de uma língua afiada, não deixa escapar uma oportunidade para exibir a enorme piada que sabe ter. Costumava andar num carro bordeux cujos cinzeiros estavam todos a transbordar de beatas, até que este se avariou e passou a andar de comboio.
Imagino-lhe a vida. Deve-se ter apaixonado por um aluno e depois levou com os pés. Sofreu muito. Mantém um romance (pouco) discreto com um colega de trabalho que toda a gente (não) finge notar. Provavelmente vive numa apartamento caótico cheio de garrafas de vinho ou de gin por todo o lado, cinzeiros cheios, louça de semanas para lavar e chão por varrer. A cama será provavelmente vermelha, quem sabe se a colcha não é até de um veludo assim já meio gasto.
Chega a casa depois das aulas, deita-se no sofá a ler o jornal e a fumar, à espera que o companheiro (porque aos 50 anos chamar alguém de 'namorado' é fatela) chegue e vão jantar a uma tasca qualquer do seu bairro.

Provavelmente um destes dias tem um enfarte (fuma que nem uma chaminé) e haverá mais gente a sentir falta dele do que ele imagina. Vão sonhar com os dias em que o viam brilhar nos palcos ou das correções e conselhos que dava aos alunos. Até o aluno que lhe partiu o coração há-de sentir falta de ouvir o nome dele.

Framboise

(Como agora até professores têm conhecimento do blog, acho que é melhor avisar que de facto a maioria das histórias que escrevo para aqui são ficção, ou pelo menos suposições.)

terça-feira, maio 16, 2006

O véu

Trago hoje uma proposta à comunidade feminina, e por favor não a rejeitem já só porque pode parecer machista. Falo do uso de um véu (a tempo inteiro) para cobrir o rosto, islamic-style. Pensem nas vantagens:
-Como toda a gente sabe, o sol é a primeira causa de envelhecimento da pele. A pele das naldegas de um Sr de 75 anos chega a estar ainda jovem , pelo que imaginem o que seria olharem-se ao espelho depois de se levantarem, porem a placa e tomarem cerca de 123 comprimidos, e verem o mesmo rosto que viam aos 20, é no minimo (e passo agora a citar o que disse Freitas do Amaral quando lhe perguntaram a sua opinião sobre rasgar resmas de Cartoons dinamarqueses), "tentador".
-Temos ainda outra clara vantagem, que engloba toda a divergência das mulheres. Falo claro das bonitas ou das feias. Caso sejam bonitas, o mais provável é que já se tenham queixado das quantidades de homens que olham para vocês, ou até do preconceito de vos assumirem a partida burras. Pensem nas vantagem que vos traria um véu. Caso sejam feias, a vantagem é obvia, e vou abster-me do direito da sua enunciação.
Pronto, eu sei que é assim uma proposta pouco ortodoxa, alguns diriam até estúpida, mas se pensarem que isto foi engendrado enquanto viajava num autocarro cheio de gente que bem que devia usar o tal véu, ás 7:30 da manhã, isto faz todo um novo sentido.

João

domingo, maio 14, 2006

Come back to bed

It wasn't time for you to leave
Devil's staring with an ironic smile
Too early to face the morning, too early
It's still dark and cold outside
Come to this bed you've never been

This sky is just not my sky anymore.
This city screams for you and you don't care
Come back to bed
Come back to this bed you've never been.

No more sweet beginnings, I know.
No more cigarettes under streetlights
Watching the city falling asleep.
No more you, no more me.

So many tangos we haven't danced.
So many days we've wasted.

Maria S. C.

sexta-feira, maio 12, 2006

Dentista

Foi com um dente a menos e umas dores a mais que hoje cheguei a casa, vi um daqueles filmes que os críticos adoram e eu não consigo perceber porque, mas por ter esperança no sistema assumo que é pura leiguisse minha, e pensei assim num jeito sereno :
Arrancar dentes é chato.
Chato porque até ao momento em que nos sentamos na cadeira do dentista e ele nos diz com um sorriso um tanto sádico: "epah, este está mesmo bom para sair", cada minuto é passado com aquela ridícula esperança de que, ao nos sentarmos da tal cadeira, o dentista se aperceba que isto tudo não passa de uma troca absurda de radiografias, e estamos bons para ir para casa.
Chato porque o consultório dos dentistas é o único consultório em que saímos francamente pior do que entrámos.
Chato porque estão a dar os Gatos e eu estou a tentar acabar de escrever isto o mais rápido possível.
Bye.

João

Wow

Peço desde já, a quem quer que se importe, desculpas. I've been swamped...
Enterrado.
Enterrado no trabalho, que, embora voluntário, é esforçado, por uma questão de brio.
Enterrado naquele buraco, normalmente camuflado com umas ervas e arbustos, em que se cai até ao outro lado da terra, e quando se chega ao outro lado, a gravidade puxa-nos outra vez para dentro, e vimos parar ao mesmo sitio. No entretanto da viagem, vamos acordando com monstros filosóficos em vez de consciencia, o que normalmente se resolvem com um café. Ou algo mais soft. Depende de como tenham corrido os sonhos.
Enterrado no simples dogma de que se quisermos as coisas bem feitas, temos de as fazer nós. Enterrado porque isto é falso, porque há sempre alguém a faze-lo melhor, e as canelas, os punhos, ou até a porta mais proxima é que sofrem.
Enterrado na normal busca do melhor. Neste caso nem diria enterrado, talvez emaranhado, enrolado, até unido, assim numa onda de simbiose.
No melhor que nos têm a dar. No melhor que podemos dar. No melhor a que podemos chegar, etc.

Wow,
i'm so genious i could cry.
No, really !
I should fucking be in the sky.
What's the point, anyway?
Did you realize we're all gonna die ?

Desculpem, mas não resisti a uns versos num genero Nellie Mckay, não resisti mesmo.
Acham que tenho jeito ?
Se calhar fico-me mesmo pelo melhor que posso dar, que não passa de certeza por versos revoltados.
E assim tudo fica feliz, eu não aborreço, vós não sois aborrecidos por mim, e o capitalismo prospera.

João

quarta-feira, maio 10, 2006

Até amanhã.

- Foi o que eu te pedi...para te afastares.
- Mas já passou tanto tempo!...
- Por isso mesmo...todo este tempo só me fez ver o quão errado eu estava em relação a ti. Agora é tarde seja lá para o que for.
- Eu achava que éramos amigos.
- E somos.
- Mas os amigos não se abandonam assim! Ficam lá...mesmo nos momentos maus.
- Mas eu estou aqui.
- Não, não estás. Já não.
- Desculpa, ainda não te consegui perdoar.
- Ainda nem eu me consegui perdoar...
Olham um para o outro com uns olhos tristes.
- Um dia acordamos e isto tudo não passou de um pesadelo sem sentido.
- Sim. Vamos fingir que sim.
- Até amanhã, então.
-Até amanhã.

(não. Às pessoas que me conhecem pessoalmente e me lêem: isto não aconteceu.)

Framboise

(estou a deliciar-me ao som disto)

segunda-feira, maio 08, 2006

Mesmo não sendo páscoa...

... Ele ressuscitou !

Semana

O meu PC entrou em coma, literalmente. As funções basicas para a sua sobrevivência funcionam, ou seja, liga, mas não acorda, que é como quem diz: não dá imagem.
O cirurgião de serviço (meu irmão) está a fazer o que pode para minimizar os danos no bixo, enquanto eu faço uso da caridade de certa pessoa que me emprestou um portátil para vos contar esta história cheia de emoção.

No entretanto da semana, tive oportunidade de me rir como há muito não me ria, com isto, e de trabalhar como há muito não trabalhava, com coisas como esta:


if ( (string[i-1]<='9') && (string[i-1]>='0') ) {
x= retornarResultado(topStack(pilha))*10 + (float)(string[i]) - (float)('0');
num=novoNumero(x);
popStack(pilha);
pushStack(pilha,num);}


E mais umas desenas de linhas como estas.
O mais preocupante disto tudo é que eu olho para lá, e por incrível que pareça, tudo o que la diz faz sentido.
Com saudades do velhinho.

João

domingo, maio 07, 2006

Fase debaixo da cama

Aqui faço amizades com monstros imaginários e com os meus medos.

(é para ali que se vai quando já não há sítio algum para onde ir...)

Framboise

sábado, maio 06, 2006

Fly away

Hoje fiz uma coisa que não fazia a muito tempo, uma boa acção.
Não uma trivial, como ir por o lixo à rua ou dar uma moeda ao mendigo, hoje posso dizer com muita certeza que salvei uma vida.
Encontrei um pombo na rua, a cambalear e a largar penas, tinha um fio atado nas patas (por alguém), que eu (com a ajuda de um homem acompanhado por uma cadela) desatei.
Senti-me bem por lhe salvar a vida, ele não conseguia voar sequer, e as patas estavam tão inchadas que eu as confundi com uma pastilha elástica, mas depois dessa sensação evaporar ficou a raiva. Raiva de quem, por qualquer razão, não interessa qual, atou o fio no pombo. A sério que não percebo tamanha estupidez.

Feita a boa acção do dia, deixo-vos uma musica genial, de uma jovem ainda mais genial.

Ladies and gentleman: Miss Nellie Mckay !

João

quinta-feira, maio 04, 2006

Away

Ausente.
Tenho estado ausente de tudo: deste blog, do deviantART, dos locais habituais, dos amigos... de mim.
Não suporto tanta mudança. Isolo-me então.

Framboise

quarta-feira, maio 03, 2006

Frequencia

Gosto de ir no autocarro a ouvir musica enquanto observo quais são as pessoas na rua que têm o passo ao ritmo da musica que estou a ouvir.
É como se estivesse a procura de gente na mesma frequência.

João

Para pensar

Será que os dentes de leite de dois gémeos separados à nascença caem ao mesmo tempo ?
E se sim, como vai estar a fada dos dentes em dois sitios ao mesmo tempo ?
E que tem o o queijo ralado a ver com isto ?

João

segunda-feira, maio 01, 2006

Como se quer

Enquanto vou procurando na balança o equilibrio entre o conforto a longo e a curto prazo, a vontade vai aparecendo sem muita cera, vou-me desencontrando com quem não quero estar, e a vida flui, assim como se quer.

João

Heartbreak Hotel

Well, since my baby left me,
I found a new place to dwell.
It’s down at the end of lonely street
At heartbreak hotel.
You make me so lonely baby,
I get so lonely,
I get so lonely I could die.
And although it’s always crowded,
You still can find some room.
Where broken hearted lovers
Do cry away their gloom.

(podem ouvir ali ---->)

Oh, Sr. Presley...como eu entendo.

Framboise (© 2006)