sábado, dezembro 31, 2005

Companhias

Ando na rua e ouço os teus passos desencontrados com os meus, tenho a certeza que os ouço, fecho os olhos para pensar e sinto o eco dos teus pensamentos a argumentar comigo, tenho a certeza que sinto, leio um livro e sinto algo humido a escorrer-me pela cara, as lágrimas que soltas enquanto lês um daqueles teus romances, tenho a certeza que são as tuas lágrimas.
Mas no fim disto tudo tento-te ver, e nunca te vejo, mas tenho a certeza que estás aqui.
Um dia destes explico-te porquê. Podes ter a certeza que sim.

João

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Bssssst calou !!

Ontem à noite, um pouco mais tarde que esta hora, senti o tal tremor de terra em que abalou as terras lisboetas.
Esta noite deito-me mais cedo, caso ele volte, não quero de todo voltar a senti-lo. A ignorancia é sagrada. Não me a tirem.

João

Aparencias aparentes

Sem termos noção disso, preferimos indiscutivelmente ter um aspecto saudavel a ser de facto saudaveis.
É que um sorriso branco pode não ser um sorriso saudável, mas la que parece...

João

Extremos

E ele estava tão cansado que perdeu a propria consciencia disso.

João

Eu bem que tento..

"tira a mão do queixo, não penses mais nisso..."

Se agir fosse tão facil como as musicas do jorge palma...

João

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Anciosa, em êxtase.

Sabem quando vai acontecer alguma coisa que gostamos muito? Ficamos excitados uma hora antes, e cada vez mais anciosos à medida que os segundos se arrastam...o prazer que antecede o prazer que esperamos é ainda melhor. A expectativa deixa-nos num êxtase profundo, antes de atingir o verdadeiro êxtase daquilo que esperamos.

Daqui a uma hora vou repetir aquilo que tenho esperado...

*


Framboise

Estrada para lado nenhum

Hoje, esta noite, antes de me deitar, ou seja, agora, fecho os olhos e introspecciono sobre o meu "estado de espirito", e é com estranho espanto e até algum agrado que reparo que esta noite o meu espirito não tem estado, estou, digamos, no cruzamento dos estados, com a familia inteira dentro do carro a discutir por onde ir, e qual o caminho mais perto para chegar sei la eu onde, todos de volta do mapa sem nenhum deles o saber ler decentemente.
O meu mar de pensamentos é uma sopa de letras, cada sequencia não tem valor lógico, pelo menos a meu ver, e tudo o que apetece é pedir "Com licença" e beber a tal sopa aos golos, de modo que todos os excertos de pensamentos dissecados sejam, da maneira mais rapida possivel, ingeridos, absorvidos e devidamente analisados e assim transformados em algo de útil. É que estar a separar as letras e com elas jogar "scrabble" não é de todo o meu estado de espirito, mas oh!, quem sabe, eu hoje até estou sem estado de espirito, é talvez o momento em que qualquer um de vocês me pode influenciar para fazer o que quiserem de mim.
Esta noite sou vosso, de quem me quiser. Não me levem mal, não me estou a dar, estou simplesmente a desligar o meu eu e a deixar-vos brincar um pouco com o que de mim restar. Estou no quarto do costume, a dormir, a espera da tal visita.
Tenham cuidado, não me desarrumem o quarto, isso é tarefa minha.

João

terça-feira, dezembro 27, 2005

Retirei-me do mundo...

Tenho andado a concentrar-me na difícil tarefa de ignorar o Natal. Felizmente já passou. E a tentar arranjar programa para o Ano Novo. Ou melhor, um programa que me agrade. E a tentar esquecer gente que não vale a pena. E a tentar não cair, estou farta de cair, farta de não me conter. Primeiro o fumo, a cerveja e a música rock. Depois a *, os jantares, os cafés e um trio estranho. Não. Não me quero lembrar de nada. Estou no Vale Covo, esta aldeia lindíssíma onde o céu está mais perto da Terra. Estou aqui a tentar esquecer tudo. A tentar esquecer que vou ter aulas logo dia 2, agora que me começava a habituar ao ritmo boémio das férias. Estou aqui a tentar esquecer a patética existência de alguém que ainda não se apercebeu que o seu erro é apenas e somente ver-me como uma perdição e nada mais. Estou aqui a tentar esquecer que sou uma complicação. A tentar esquecer o caraças do livro francês que me fez ver mais do que queria. Estou aqui a tentar esquecer que por vezes não são apenas os outros que me desiludem, mas sim, eu que desiludo os outros. E a tentar esquecer as notas (que nem fui ver, mas acho que foram boas, pelo que me disseram). Estou a tentar esquecer que ele, e apenas ele, me faz mais falta do que alguma vez pude imaginar. Estou também a ver se esqueço a patética existência do outro. E a tentar esquecer que algumas das minhas melhores amizades arrefeceram. Culpa minha, culpa deles, não sei.

Enfim. Não era mesmo para perceberem...

Framboise

The eternal sunshine of the spotless mind

Haverá historia que simbolize melhor a esperança do que a historia de duas pessoas que, numa relação agora iniciada, e sabendo que o futuro da mesma é sem margem para duvidas, uma estrada com fim acidental, arriscam na mesma, confiando apenas na capacidade que os sentimentos têm de mudar o mundo e o que para ele é predestinado?

Sim, é um filme, mas um dos bons.
Daqueles que nos levam ao passado e nos fazem pensar "e se...".

João

O prometido é devido

Um beijo é uma promessa que não convem quebrar.
Porque quando a quebramos, todas as nossas outras promessas serão ignoradas.
Sim, um beijo é de facto uma promessa.

João

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Monólogo de um projecto de pessoa

No fundo, não sei se gosto dele. Pelo menos de uma forma romântica. Mas gosto dele assim como ele é e não quero que ele mude. Mesmo que ele não me consiga recusar - eu gosto assim. Mas eu vou dar-lhe espaço.
Depois há outros que me enchem a cabeça. Mas este é mais importante do que eu pensava e isso incomoda-me.

E há garrafinhas pelas quais nos obcecamos e quando a obsessão passa fica um carinho, quase familiar. Uma certa estima.
E coisas antigas são atiradas para a gaveta.
E casos novos nos quais nos tentamos concentrar para esquecer os outros revelam-se estúpidos e sem sentido.

E sinto-me suja, suja, suja. De todos os que me quiseram - e não me têm, nunca tiveram.

And i'm crazy for crying, crazy for trying, and I'm crazy for loving u...

Era uma vez uma porta que tinha inveja das janelas porque as janelas têm vidros e ela nao, ela como gostava de vidros e nao tinha vidros resolveu matar-se, o dono da porta perante tamanho desgosto, que ele adorava a sua porta feita de madeira a base de bamboo importado da amazonia onde os indios estao a ficar sem casa porque os brancos maus querem papel, no seu duplo significado, matou-se também. A janela, nada contente com o assunto resolveu atirar-se da janela, mas tava presa, por isso ficou quieta, eternamente quieta, ate que veio a direcçao civil e mandou o predio abaixo, a janela viu finalmente o seu sonho tornado realidade, matou-se. Ja quem nao ficou tao contente com a situaçao foi o vidro da janela, que tinha vida propria, ele, vidro de alto pedigree, fabricado nas mais prestigiadas fabricas de vidro em aldeias remotas, aquelas onde não são as velhas que têm barba, mas sim a barba que tem um pouco de velhas, esse vidro viu o seu ilustre brilho ser apagado pela poeira do predio desmoronado, e processou o orgão responsável. O Dr Ambrosio Artroses, engarregue da demolição do predio, foi levado a falencia por um vidro baço, o que lhe provocou uma depressao, que veio mais tarde a finalizar-se numa tragica queda em pique da torre da ponte sobre o tejo. O homenzinho para seu azar sobreviveu, agarrado pelo super homem, ora, tentativa de suicídio é crime, ja na falência, foi processado outra vez e levado a pos falência, que levou a um pos-atiramento da ponte, e a um pos-salvamento. Ao quinto precesso e tentativa de suicidio, o super homem, que estava ocupado numa praia paradisíaca com uma bela donzela que tinha resgatado fazia naquele momento 2 dias inexplicavelmente precisos, desfrutando de amor escaldante, nao salvou o pobre homem. Ao ler as noticias, e sabendo que apos 4 salvamentos tinha falhado em tornar a vida deste pobre homem algo de honravel, suicidou-se. O que levou a que o mundo se tornasse um local de acidentes e desgraças. Morreram todos, sobraram os suricatas, que estao debaixo da terra e conseguem-se proteger, resumindo, partam os vidros das vossas janelas antes que as portas de todo o mundo se suicidem e os suricatas passem a dominar o planeta.

João

Egoísmo

E depois da tragédia, tudo o que queremos é voltar ao sorriso dos nossos amigos como se nada tivesse acontecido, e saber que aquele sorriso ninguém nos tira.

João

sábado, dezembro 24, 2005

Arvores de natal

Remonta (que palavra chique!!) ao meu 7º ano, numa longinqua aula de português, o momento em que me contaram esta historia, a historia das arvores de natal:
Há muito muito tempo, (para evitar o "era uma vez") no tempo em que se acreditava em espiritos e na divindade da natureza, (deus das folhas, deus da terra, deus das pedras, deus da sujidade que fica dentro da unha...por aí fora) as pessoas acreditavam que, na altura inicial do inverno, em que as arvores perdem as folhas e os frutos, espiritos maus visitavam a terra, e ao ver que a natureza se encontrava fraca e degradada, aproveitavam essa época para atacar, então a solução para tamanha crueldade foi revestir as arvores com fitas e bolinhas, de maneira a enganar os abeis e atentos espiritos maus.
Seja verdade ou não, a historia até tem o seu sentido, a sua.. doçura, e talvez seja por isso que nunca me esqueci dela.
Bom natal a quem ler isto, a quem não ler, que comam muitos chocolates e sofram muito por isso, os meus pesames para a companhia de esgotos.
Oh oh oh!!

João

sexta-feira, dezembro 23, 2005

She awaits me...

Quando a leveza da escuridão nos faz arrastar os movimentos, quando a frigidez do ar pálido nos cola a expressão, quando os sons que ouvimos durante o dia agora ecoam na cabeça sem apararente significado, quando, pensando melhor, até que era giro largar isto tudo e partir numa daquelas viagens cheias de emoção de que todos falam com um brilho que reflecte a luz sonhadora nos olhos, quando até o mais pequeno musculo do nosso corpo desiste e insiste em nos tapar o mundo, e sobretudo quando começam as tendencias existênciais, quando isto se reúne, so há uma explicação: É de noite, não fazemos ideia do que estamos a fazer, os 5 segundos que passaram já não existem, estamos podres de sono, e a unica coisa que nos cura é mesmo uma noite bem passada com a nossa unica, magnífica e sempre fiel a si, a nossa almofada.

João

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Coincidencias...

Creio que o momento em que deixamos de poder mudar é o exacto momento em que nos questionamos sobre se podemos mudar o não. E respectivas vantagens.

João

terça-feira, dezembro 20, 2005

Nós

É certo e sabido que o melhor tempo da nossa vida é quando não temos consciencia da mesma, ou seja, na infância. A explicação dos outros não sei, a minha é apenas porque não ha melhor sensação do que a de sermos nós proprios sem pensar nisso, sem pensar no que pensam os outros, sem pensar no que são os outros, sem os avaliar a cada gota de ar que respiram, sem pensarmos se o que estamos a fazer é agradável e é o que queremos realmente fazer, é quando pura e simplesmente, somos, numa pureza e lealdade brutais, naquela ingenuidade a que todos queremos voltar, daquelas amizades sem absolutamente mais nada expecto nós ali, naquele momento. So nós, sem sociedade, sem contexto, sem bem ou mal, só e apenas, nós, o resto que se dane, o resto não existe sequer. Só nós.
João

Alguem sabe ?

Ehh... alguém a viu por aí ?
Ela saiu, disse que ia comprar cigarros...
Alguém sabe onde ha cigarros?
Alguém sabe quem ela é ?
Alguém sabe... ?
Está aí alguem ?
onde é que eu estou...?

João

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Gente ruidosa

Os defeitos, que não são mais que o que é no nosso contexto social, o politicamente não certo, mas que não deixam de ser importantes, que não somos nada sem um contexto social, e eu ja me estou a desviar do que ia dizer... Os defeitos nas pessoas são basicamente os mesmos, o tempo para os encontrar e o seu aspecto é que mudam ligeiramente. Os que demoram mais a encontrar sao os proprios.

João

candle in the wind

E eu que sempre pensei que as fogueiras precisavam de lenha, oxigénio e coisas do genero para se manterem acesas.
Parece que so precisam mesmo de vontade, boa disposição, e, para ficar ainda mais lamexas, amizade.

João

Play a song for me

Quem diria que um daqueles filmes cheios de clichés e coisas do genero pode ser o ideal para reacender a fogueira ?

João

sábado, dezembro 17, 2005

Causa e consequencia

Já começava a passar demasiado tempo desde a ultima aparição daquela tão minha faceta decadentista, aquela em que a vida ao meu olhar é um completo desatino, e sou incompreendido até por mim próprio, como ja começava a faltar, voltou, e... ladies and gentleman... here it is:

As vezes bastam duas noites incomuns, isto é, fora da rotina diária, noites de revisita da malta que nos educou e que nós educámos, para perceber que enquanto ha gente que não muda, o que pode ser bom até um certo ponto, ha gente que muda, o que pode também ser bom até um certo ponto. E para perceber muitas outras coisas, que tentarei resumir nas proximas linhas.
Aquela gente com quem passámos os momentos mais ingénuos e mais marcantes, e que agora nos abandonaram, e embora continuem a ser no fundo as pessoas mais parecidas connosco, mudaram tanto que nos fazem pensar duas vezes antes de rir novamente com elas.
Perceber que continuamos praticamente incompreendidos e que cada dia perdemos o tal sonho de encontrar aquela alma pendente que oscila na mesma frequencia que nós, que todos aqueles por que passámos, embora sejam essenciais para a nossa sobrevivência, não conseguem apagar o vácuo que cada dia se alastra, inundando o mundo de vazio, (ver a historia interminável).
Perceber que a busca das respostas do infinito e mais além é uma estrada sem principio nem fim, entramos e saímos no mesmo sitio, nunca vamos ter a lado algum, é como uma rotunda com apenas uma entrada e respectiva saída.
E perceber que esta sensação de nada, que na realidade é a unica sensação em que podemos confiar plenamente, porque somos na realidade, nada, tudo o resto que sentimos são apenas reflexos de uma selecção natural que nos quer vivos e saudaveis, é a sensação que estará connosco para todo o sempre.
E perceber que tudo o que façamos, alguem fará melhor, e estará sempre incompleto, imperfeito, e sem significado algum num contexto universal. É que a serio, não somos rigorosamente nada. A cada dia me sinto mais átomo, mais consequencia dos factos, a vontade é uma ilusão, não ha vontade, so causa e consequência.
O acaso pura e simplesmente não existe.

João

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Nada

E no final do dia saber que ela para mim é o passado, o futuro, o mais que presente, a ausencia, a vontade, o desejo, o sonho, a sabedoria, a ansiedade, a tristeza, o sono, o olhar, o vento, a brisa, as manhãs, as noites, as cidades, o mundo, tudo...
E eu para ela sou rigorosamente nada, ou mais que nada, ou infinitamente nada.

João

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Ciclos 2

Será que as pessoas que não servem para nada servem para alguma coisa na associação nacional das pessoas que não servem para nada ?
Mas também, de que serve uma associação de pessoas que não serve para nada, senão para nada também ? Depois podia-se criar a associação das associações que não servem para nada...
E por aí em diante.
E isto é realmente muito estúpido e sem sentido. Mas também, o que é que não o é ?

João

terça-feira, dezembro 13, 2005

The long way home

Sonha ser quem aches melhor ser, ambiciona tudo o que desejares, tenta alcançar qualquer coisa que aches digno de tal, mas não te esqueças que nada disso vale a pena se não viveres durante o caminho.
O que conta é a viagem, não é o destino, o que importa é mudar, depois de mudar, a unica coisa que queremos fazer é mudar outra vez.

"chega aonde tu quiseres, mas goza bem a tua rota..."

João

domingo, dezembro 11, 2005

Shhh...

Enquanto a inveja e a decadência falam muito alto, as aparências conseguem falar ainda mais.
E provavelmente ninguem percebeu isto. E ainda bem.

João

sábado, dezembro 10, 2005

Nunca cheguem a casa...

... a pensar em quão arrependidos estão de não lhe terem dito aquilo.
... a pensar que amanhã corre melhor.
... sem a toalha que deixaram no apartamento dela.
... sem as chaves de casa.
... pelo caminho mais perto.
... sem livros para ler ou lapis para escrever.
... com o intuito de não fazer nada o resto do dia (a menos que sejam 4 da manha)
... sem aprenderem nada desde que sairam.
... com menos um amigo.

E o mais importante, nunca cheguem a casa sem um peludo felino a vossa espera.

João

Nunca saiam de casa...

... sem a vossa curiosidade, nunca se sabe o que se encontra de novo.
... sem a vossa toalha e escova de dentes, nunca se sabe onde se vai passar a noite.
... sem a vossa boa disposição, nunca se sabe quem se vai encontrar.
... sem a vossa memória, é sempre bom chegar a casa e relembrar.
... a pensar que logo fica mais calor, o mais provavél é chover.
... a pensar que fica mais frio, o mais provavél é derreterem.
... a saber exactamente onde querem ir, é sempre bom acabar em locais inesperados.
... com a cama por fazer, é sempre mais chato faze-la quando chegamos.

Mas o mais importante, nunca saiam de casa com vontade de não sair.

João

sexta-feira, dezembro 09, 2005

De estrada no horizonte

Quando saio de casa de manhã cedo e uma brisa me rouba o suspiro ao abrir a porta, sei que o dia vai correr mal. Acabaram de me roubar a oportunidade de dizer bom dia ao mundo com um bom suspiro, sem eu sequer me aperceber disso. Há ladrões e ladrões.

(arrepios... está frio, continuo de toalha)

João

Creepy stuff

É verdadeiramente arrepiante aperceber-nos que a alma a quem um dia dissemos, com ar sábio, talvez até superior, que um dia ela iria saber encontrar a beleza no que a rodeia, é a mesma alma que nos salva da mediocridade perceptiva quando colocamos uma fenda negra em nos proprios.
Saber que o aluno um dia salva o mestre.
E nunca saber se o aluno seria quem é se não houvesse mestre. Esteja isso ou não relacionado com esta historia.
(arrepios... está frio, estou de toalha)

João

quinta-feira, dezembro 08, 2005

shoot the moon

"Shoot the moon", digo eu, quando a lua aprensenta uma beleza fora do comum.
Porquê ? Perguntam vocês... Porque é que acham que a lua está cheia de buracos? É o resultado de inumeros "shoots" ca da terra. De inumeras almas apaixonadas, todas a darem o seu tiro de solidão para a lua, deixando pequenas grandes mossas.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Estou de luto...

...Perdi um pensamento, perdeu-se na noite e no sono, infelizmente, para sempre.
Quem sabe? se calhar volta...
Quem sabe...

João

The nearness of you

Não é preciso falares, não é preciso rires ou chorares, não é preciso suspirares, não é preciso dares-me a tua doce atenção, nem sequer um olhar, nada disso é necessário para me arrepiares.

It's just the nearness of you...


João

terça-feira, dezembro 06, 2005

Tornado

Caso o corpo traduzisse o estado psicoligico em que nos encontramos, eu era qualquer coisa como um tornado estático.
Como um video de um furacão no pause. Não sabemos bem se está a girar ou não.

João

Doenças

Porque é que não ha cura para o amor ?
Pelo simples facto de não haver nada de doentio nele.

João

segunda-feira, dezembro 05, 2005

All i really wanna do...(re-pensado, re-editado, re-escrito, re-explicado...re..)

Ir ás compras tornou-se mais que uma simples viagem ao centro comercial, tornou-se uma viagem interior, filosofica, se assim lhe querem chamar. Começa dentro da loja, apos densa selecção, encontramos 1 camisola que satisfaz o nosso gosto, o nosso estilo, a nossa filosofia.
Vestimo-nos, ao som do Cd pop mais recente, olhamo-nos ao espelo, rodeados de gente bonita e bem disposta, o som a bombar, e somos os maiores, temos estilo! Claro que depois chegamos a casa, ja não ha som, ja não ha gente bonita, ja não ha luzes milagrosas, e tudo o que somos é um palhaço com uma camisa que vestida nos faz parecer um hippie com tendencias homosexuais viradas para o pop-star, e 30 euros a menos.
O estranho é que sempre que eu vou as compras mudo a filosofia de vida, daí se ter tornado uma viagem interior. Acabo sempre a mudar o estilo, talvez seja por sentir a necessidade de mudar que vou as compras e não o contrario, ou seja, mudar por ir as compras.
O certo e sabido é que no dia a seguir, estarão a olhar para um homem que se ultrapassou, é mais sabio, mais moderno, mais consciente de si e do que quer ser, é - e isto rigorosamente medido - o maior.
Claro que 2 meses a seguir esse homem já é do passado, relembrado (por mim) como uma ma fase, e so agora é que sou realmente alguem digno, e claro, 2 meses depois, o mesmo.
A minha pergunta é... existe paragem sem insanidade ?
Isto é, estabilizaremos algum dia sem perdermos o rasgo que nos da vida ? A chama que nos alimenta? o pulsar que nos levita ? a ousadia que nos faz arriscar... O.. o... é melhor calar-me que estou a entrar em metaforas extraordinariamente feias, banais, ridiculas, dignas de comentadores de futebol, e pelas quais eu não quero ser relembrado.

Ao som de "All i really wanna do", de bob dylan, cujo titulo à primeira impressão não tem rigorosamente nada a ver com as compras, mas que pensado e dissecado, la se arranja explicação, como com qualquer outra coisa que eu ponha no titulo.

João

domingo, dezembro 04, 2005

Who's the man ?

Como pudemos ter a certeza se somos nos que melhoramos ou se são os "outros" que pioram?
Nas maquinas não se pode confiar... nem na natureza, quanto mais nas maquinas !

João

sábado, dezembro 03, 2005

Adormecer

Seja eu boa companhia ou não, o dia em que a arte e todas as ideias ou processos criativos se tornarem cansativos para mim será o dia em que eu me tornarei cansativo para os outros.

João

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Universo elegante

Estou cansado deste universo vaidoso,
Com a mania que é elegante,
Cheio de leis, equilibrios e balanços,
Que nos deixam num estado lastimoso.

Para que serve este destino
De que todos falam com ar misterioso
Senão para para lhe dar,
A esse universo betinho,
Mais um motivo para se sentir charmoso ?

Gostava de puder sair a rua
sem saber o que iria encontrar,
num dia sol, no outro chuva,
e no outro acordar a porta do mar.

Mas supostamente isso não faz lógica,
para este universo tão bonito,
Mas que estética tem a lógica
se a beleza está é no infinito?

Estas portanto enganado, universo convencido,
Todas essas leis só te fazem chato,
Está na altura de levantares o cú da cama,
E de olhos fechados, dessarumares o teu quarto.


(num estilo jorge palma...)

João

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Itch !

A pior dor é aquela que não sabemos de onde vem, porque vem, e onde doi...
É como ter uma comichão no cerebro, sabemos la onde coçar !!

João

K-PAX

Prot: I wanna tell you something Mark, something you do not yet know, that we K-PAXians have been around long enough to have discovered. The universe will expand, then it will collapse back on itself, then will expand again. It will repeat this process forever. What you don't you know is that when the universe expands again, everything will be as it is now. Whatever mistakes you make this time around, you will live through on your next pass. Every mistake you make, you will live through again, & again, forever. So my advice to you is to get it right this time around. Because this time is all you have.

Do filme "K-PAX".

Deixa-nos a pensar, se depois de um big bang aconteceu algo, porque ão as coisas de mudar se acontecer outro ?
Portanto... vemo-nos daqui a umas eternidades, exactamente no mesmo sitio, uns infinitos segundos mais tarde.

João