quarta-feira, novembro 30, 2005

Um petit rima to you

Enquanto o vento bebe o meu calor,
O pensar nela mantem-me quente,
Aquece-me relembrar aquele sabor,
E saber que ele não me mente.

apeteceu-me rimar...

João

What's the point ?

looking for something pretty,
but she's not around so...
what's the point ?


João

Mentalizar

Enquanto o frio congela os vasos sanguineos, o rapaz vai-se lembrando dos dias de sol, calor e praia, e mentalizando-se de que qualquer coisa é melhor do que esses dias...


João

Turista

Vivo nesta casa hà uns generosos anos. Hoje fui á cozinha buscar algo para comer, entrei na sala e queria ligar a luz. Puff, esqueci-me onde era o interruptor. Evaporou-se completamente de tudo o que associava aquele sitio, Pensei, repensei... "Onde é que eu meto o braço sempre que entro nesta sala ?? onde !!?? Mas que raio...(não, na minha cabeça a frase "mas que raio" não se formou, mas aqui até que nem fica assim tão mal! ja pensar "mas que raio", é algo que nunca farei, ou se fizer, vou directo beber um copo de agua e reflectir sobre a minha sanidade mental)" La tacteei a procura do dito, e depois de o encontrar tudo voltou ao seu sitio. Mas por um momento fui um absoluto estrangeiro no meu lar, a pedir direcções no meu bairro.
Estranho, e por explicar...

João

terça-feira, novembro 29, 2005

Batalha nocturna

É no silencio do quarto adormecido e esquecido que travamos as piores e mais importantes batalhas.
O pensamento aparentemente morto até então acorda subitamente, quando estamos prestes a adormecer com ele. Da então início à sua brincadeira predilecta, transtornar.
Embora sintamos a cabeça mais cansada que nunca, pensamentos sucessivos inundam-nos lentamente o ser, como uma torneira a pingar gota a gota para um copo vazio. Sentimo-las todas, a cair e a perfurar ligeiramente o copo, a espalhar vibrações sonoras até aos cantos mais isolados da mente.
Cada pensamento inunda um pouco mais o vazio que eramos, a dor aprofunda-se com cada batida do coração, com cada gota, com cada lembrança. Lembramos tudo, julgamos tudo, sofremos tudo, da tia alberta à formiga que de manha injustamente pisámos, as batidas fazem-se soar, espalham-se pelo corpo desgastado, as gotas caem mais ruídosamente, como se alguém ali estivesse a abrir a torneira excessivamente devagar, como forma de tortura.
O copo enche até ao topo, a dor torna-se insuportável, sabemos que mais uma gota e tudo transbordará, toda aquela raiva protegida por uma camada generosa de aparencias vai explodir num berro agoniante.
E no instante em que a ultima gota poisa na água, no ansiado final...
Ninguém sabe o que aconteceu, porque no momento a seguir, o despertador toca, são 7:00, e o mundo está à porta, esperando que a abramos.

João

domingo, novembro 27, 2005

Reciprococidades

Quem aprende mais, alias, qual a informação mais preciosa ? A que o disciplo aprende com o mestre ou a que o mestre aprende ao ensinar o disciplo ?
...

João

What the world needs now.

Porque queria encontrar uma letra e não consegui.
Porque ainda não pus nenhuma letra aqui, e ha sempre uma primeira vez para tudo.
Porque hoje tou numa onda peace and love.
E porque na realidade, the world needs it, quickly.
Eu sei que é chato, nunca consigo ler uma letra assim até ao fim.
Mas tentem ler pelo menos uma estrofe.
É sem duvida alguma uma mensagem linda. Eterna.


What the world needs now is love sweet love,
It's the only thing that there's just too little of.
What the world needs now is love sweet love,
no not just for some but for everyone.

Lord we don't need another mountain,
There are mountains and hillsides enough to climb,
There are oceans and rivers enough to cross
Enough to last until the end of time

What the world needs now is love sweet love,
it*s the only thing that theres just too little of,
what the world needs now is love sweet love,
no not just for some but for everyone

Lord, we dont need another meadow,
there are corn fields and wheat fields enough to grow,
there are sunbeams and moonbeams enough to shine,
oh listen Lord, if you want to know

What the world needs now is love sweet love,
its the only thing that theres just too little of.
what the world needs now is love sweet love,
no not just for some, oh but just for every every everyone.

what the world (whoa whoa) needs now,
is love (is love) sweet love
what the world ( oh oh) needs now
is love (is love) sweet love
what the world (whoa whoa) needs now
is love (is love) sweet love


João

sábado, novembro 26, 2005

Ciclos

Às vezes achamos que determinada altura é má e só nos apercebemos de quão boa ela era quando acaba.
Outras vezes, temos consciência de que estamos a viver uma altura boa, e então é quase como sonhar: estamos sempre à espera que acabe. E vivemos sofregamente, aproveitamos ao máximo, enquanto não acaba.

Não tem necessariamente que acabar. Mas acaba por acontecer...sem nos darmos conta.


Framboise

Amigos I

'-Já viste? Vão-se todos embora e ficamos sempre nós...
-Pois é...
-Estás bem é comigo.
(...)
-Sinto-me tão bem ao pé de ti!...'

Porque é para isso que servem os verdadeiros amigos. Para estar junto a nós quando todos se vão embora. Para nos fazer sentir bem quando o dia correu mal. Aqueles que conhecemos há anos e não precisamos de falar para que nos entendam. Que nos dão um abraço na altura certa.

Não interessa como são. Interessa que estão ali incondicionalmente.


Framboise

sexta-feira, novembro 25, 2005

Poluição sonora

Ehhhh... desculpem, podiam-se calar ? é que eu estou-me a tentar apaixonar, e com este barulho é dificil.
Obrigado.

João

Vazio

Ensinaram-me que o universo é uma manta branca.
Hoje tudo o que vejo, sinto, penso ou digo é branco.
Soa a branco, cheira a branco, sabe a branco...
Vazio. Infinito.
Infinitamente vazio.

João

quinta-feira, novembro 24, 2005

Huckabees

Que estou a fazer?
Eu não sei o que estou a fazer, so sei que faço o melhor que posso.
E não posso pedir mais que isso

How am i not myself?

João

Caixote de lixo

Já não é a primeira pessoa a quem eu pergunto: "Tens visto o meu cesto de papeis?", a espera duma resposta do genero: "o teu que?", mas não, todos sabem que me refiro ao blog. Será que isto tem assim tanto aspecto de caixote do lixo ?
Tenho definitivamente de deixar de vos substimar, que maus vicios...

João

Kms e kms

De quem gostamos a quem queremos gostar vai a distância de uma reacção química.
E por mais catalizadores que lhe metamos, aqui quem manda é a natureza.

João

quarta-feira, novembro 23, 2005

Observações do obvio

Ocorreu-me enquanto tomava banho e dava conta das quantidades absurdas de agua que estava a gastar que é mais perdoável aquele que pratica o mal sem se aperceber do que aquele que o faz com conhecimento.
A partir desse momento fiquei irritado comigo por ter raparado nisto, porque se não tivesse, continuava ignorante ao assunto e nunca saberia que tinha gasto agua a mais. O que diminuiria a probabilidade de ir parar ao dito inferno.
Claro que desliguei a torneira logo a seguir, gosto de dar o exemplo. Mas só quando não esta ninguem a ver. A serio.

João

I'm gonna live forever..

Há uma razão pela qual eu não gostava de ser o melhor do mundo em qualquer actividade. Quando vemos alguem a transcender os limites do possível, sonhamos, arrepiamo-nos e admiramos. Se essa pessoa fosse eu, nunca poderia experenciar essas sensações a "ver-me"...
E a fama pouco me diz.

João

terça-feira, novembro 22, 2005

Apartes

Repugna-me levemente aquela gente com "g" pequeno que, num acto de bonita humildade, solidariedade, caridade, chamem-lhe o que quiserem, faz perguntas cujas respostas ja conhecem, so para... arranjar confiança. Da falsa.

Repugna-me um pouco mais as pessoas que fazem perguntas cujas respostas levam a uma discussão que ela ja sabe que vai ganhar.
É que sabem, as discussões, as boas, sao desafios, sao barreiras intelectuais vencidas com argumentos, não são actividades de intuito destruidor de auto-estima alheia.
Entrar numa discussão é entrar no conhecimento, num tiroteio de conhecimento, não numa luta por um estatuto. Do falso.
Não vejo portanto a razão de entrar numa discussão cujo resultado é ja obvio. A não ser a afirmação da nossa bestialidade, de besta, não de bestial.

João

Conversas alheias, de bus

-Ola sr. João (não eu), então como é que está? não o vejo a muito!
- ??
-Ah.. já não se lembra de mim, pois é, estamos velhos.
-Velho... pior, estou farto. Farto.

João

segunda-feira, novembro 21, 2005

Normal size

É bom saber que algumas pessoas não mudam.
E que a nossa ideia delas muda, para melhor.

finaly...

João

Lupa

Hoje tou meio hiperbólico...
Deve ser do tempo.

João

And i'm watching him...


... With my horrible curtains !!

João

He´s watching you...


Hoje vejo tudo por um canudo !!


Porque hoje acordei pintor.

João

Egoísmos a parte..

Há dias, ou noites, em que olhamos ao espelho e algo nos faz sentir simplesmente... bonitos.
Today I feel... absolutely gorgeous.
E é por isso que não saí a rua. you see.. i'm pretty selfish.
Egoísmos a parte. Boa noite, que o sol faz muito ja se pos, e a minha sanidade foi-se com ele.
Ou pelo menos a consciencia dela.
Ou do que ela é.

João

domingo, novembro 20, 2005

Wonderland


Quando a Alice caí na toca do coelho encontra uma garrafa que diz 'Drink Me', e que a torna muito pequenina. E é assim que me sinto.
Bebi a garrafa quase de um só gole e fiquei pequenina, tão pequenina, que mal consigo que me vejam.
Pelo menos quem eu queria que me visse.

Não sei quando é que tudo isto começou. Pois tudo começou sem que eu me desse conta. Aos poucos foi aumentanto mas tudo o que eu queria era negar aquilo que estava à frente dos meus olhos.
Só que agora não é assim. Bastou uma noite, aquela noite, para que eu deixasse de ter sequer hipóteses de o negar. E foi ali, no meio da cerveja, da música rock e do fumo, que me apercebi de que muitas coisas que eu tinha como certas estavam erradas. E no fim, quando saí, estava à porta, sentada no passeio à espera, e começam os acordes de 'Knocking on Heaven's Door' dos Guns 'n' Roses. Era como eu me sentia...a bater à porta do céu, mas sem maneira de entrar. A saber que estava tão perto, e no entanto, a saber que nunca passaria dali. A ver o interior do céu pelo buraco da fechadura, mas sem poder entrar lá dentro, e a saber que ou me ia embora ou ia ficar para sempre presa àquela visão, pois nunca conseguiria entrar.
E de qualquer forma não é justo. Porque só tenho feito toda a gente à minha volta sofrer. E mesmo quando param de sofrer, eu continuo, pois a culpa quase me tolda a visão. E odeio sentir-me impotente, mas a verdade é que voltar atrás é praticamente impossível. De qualquer modo, de que me serviria? Quase de certeza que cometeria os mesmos erros. Só mesmo porque o prazer mais doce é a dor. O coração apertado faz-nos sentir vivos.
O problema é quando nos fartamos de sofrer. A única forma de pôr um ponto final é deixar de sentir. Nessas alturas apenas resta uma grande sensação de vazio, de branco, de um enorme espaço sem forma e isso faz-nos pensar que talvez não estejamos a viver.
Eu estive assim todos estes meses. Até que deixei entrar um pouco de incerteza, e o gelo, todo o gelo que me provocava este vazio começou a derreter lentamente. Não sei se é pior deixar que ele exista ou deixá-lo derreter por algo que nunca irá alcançar.
Sento-me às vezes no canto do quarto com alguma música triste e depois ponho-me a imaginar como seria começar tudo de novo noutro lugar, mas tenho medo, e de qualquer forma as oportunidades são remotas.

Se ao menos ele entendesse metade do que me vai na cabeça...


[não me apetece reler.]

Framboise

...(2)

Pensando no assunto, penso que sabia bem continuar eternamente neste estado de distração, leve insanidade mental. Mente pura.
Mas não, amanha terei de voltar ao mundo. E todos os amanhãs o mundo vai estar a minha espera.
Todos os dias são vespera de não te encontrar.

João

Manhãs

Nunca um acordar foi tão profundo.
Ao acordar mergulhou num outro mundo de sonhos, onde horas depois, as emoções que ha dias lhe assaltavam as noites se misturaram com aquele mundo em que entrara. Com os olhos vidrados, a cada linha a leitura se tornava mais dificil, a cada linha encontrava razões para, ao fim de tanto tempo passado, finalmente largar o que há tantos anos se acumolou.
No mesmo instante, todas as outras coisas que lhe preenchem a totalidade da vida tornaram-se infimamente ridiculas ao lado do que agora lhe atormentava o pensar.
"Porque?" é a unica coisa de que lhe vem a cabeça. Serão ele e aquele personagem tão parecidos assim? Será comparável a sua angustia ? Por um lado, o da fantasia, a angustia de perder alguem que sempre contámos ser o nosso maior protector, por outro, a angustia de não saber se alguma vez encontraremos alguem assim.
E as semelhanças... Se ela soubesse as semalhanças...
Pela primeira vez em muitos anos, finalmente as lágrimas ameaçaram roubar-lhe o ar descontraído. Mas mais uma vez, a bruta rocha que é se recusou a vacilar.

E no final, o mundo em camera lenta. Tudo com um leve toque de insignificancia.
E para total desespero, a sua insignifancia e indiferença aos olhos dela.

João

Soulmates




'Hush, its okay,
dry your eyes
dry your eyes
Soulmate dry your eyes
dry your eyes
Soulmate dry your eyes,
'cause soulmates never die'
Placebo - Soulmates

Existem almas gémeas? Não digo no sentido do velho cliché princípe/princesa destinados. Dou-lhe um significado mais mistíco, almas idênticas, pessoas que reagem da mesma maneira, que sentem as mesmas coisas, com gostos muito idênticos...ou se somos apenas nós que temos necessidade de desenhar castelos no ar.

sábado, novembro 19, 2005

Viva a sesta

É com uma facilidade estonteante que transformo um dia em dois.
Dormir a sesta.
Quando acordamos ficamos sempre com a sensação que é outro dia e começamos as coisas "de novo".
Aconcelho vivamente.

João

Crenças

É reconfortante e ao mesmo tempo humilhante saber que qualquer coisa que eu pense, diga ou escreva, haverá sempre alguem a dirigir-nos as mesmas palavras, apenas melhores.
A luta é encontrar esse alguém.
Estamos quase sempre enganados.
E quase sempre crentes de estar certos.
E que momentos maus se passam nos entretantos...

João

Sete em ponto

Ando há algum tempo a procura de algo bonito para dizer, justamente por o procurar, torna-se impossível dize-lo. Como é que o encontro ? Da mesma maneira que se encontram todas as outras coisas, deixando de procurar.
Sim, isto também é para ti "cheri".

São sete da tarde e esta-se tudo a passar...

João

Matrix

Depois de rever o Matrix, ficou-me esta deixa na cabeça:

-Neo, no one has ever done that.
-That's why it's gonna work.



(somos novos e temos muito tempo. Até sermos velhos e chorarmos que nem loucos pelo tempo perdido)

João

Hoje

Sinto que este caos de emoções apenas serve para tapar um enorme buraco.
O buraco de ainda não ter encontrado ninguém. Ou o meu alguém.




Qualquer pessoa me diria que sou nova e tenho muito tempo. Mas é assim que eu vivo, sofregamente, e quase sempre o hoje (ou o ontem). Raramente o amanhã...

Inovar sim, assim é que não !

O primeiro sabado com sabor a dia de semana de que tenho memoria, sem contar com os ensaios de espetaculos na e.d.c.n, mas esses eram outra historia, a e.d.c.n nunca foi uma escola no habitual sentido do termo, mais na onda de... casa.

Teste de Algebra, as 9, que até doi, bem la no fundo.
Muita merda para mim.

João*

sexta-feira, novembro 18, 2005

Numa onda punk gotico

Estou farto.
Farto de estar sentado, farto de abrir os olhos e ver sempre a mesma paisagem, de acordar e respirar o mesmo ar, deitar-me a pensar sempre no mesmo.
Farto de sentir o sol a ferir-me a retina, da água a gelar-me os ossos, do vento a contrariar os meus passos.
Farto do que faço, de pensar no que vou fazer, e ainda mais no que fiz. Farto de não ser eu para vos agradar, farto de sorrir com cara de estúpido numa confiança tão falsa como a vossa patética existencia. Farto de tentar mudar para supostamente me encaixar nos valores desta sociedade perdida. Nos valores que me foram passados, e com os quais ninguem se preocupa. Farto de ouvir falar de mentes genias como quem fala de herois. Farto de tentar ser um heroi, farto de ser diferente.
Farto das mesmas formas, das mesmas cores, das mesmas leis. Das mesmas pessoas que todos os dias saem a rua, das mesmas roupas que todos usamos para alimentar o ego, das mesmas palavras que tão constantemente se usam como se fossem únicas.
Farto de pessoas tão supostamente cheias de talento que a gente ignorante ingenuamente admira. Farto do real talento completamente ignorado.
Farto das desgraças dos outros que eu numa atitude tao politicamente correcta tento consolar, farto das minhas desgraças com que ninguém se importa.
Farto do A ao Z, de todos, todos, absolutamente TODOS vocês.
Farto deste mundo tão cheio de coisas bonitas que todos esmagam. Farto de ser esmagado.
Farto desta dor intrínseca, deste desespero caótico, desta frustração de saber que todos vocês acabarão melhor que eu.
Farto disto tudo.
Farto de mim. De ser eu e ao mesmo tempo nao saber o que sou.
Farto de estar farto. E sobretudo farto de saber que amanha vou acordar ainda farto disto tudo e sabendo que não ha nada que eu possa fazer em relação a isso.

João

Ventos e mar


Resolvi gastar 1 minuto (bem gasto, por sinal) a agradacer a todos os que aqui vêm gastar também um minuto, em especial à sandra, que se recusa a vacilar, e comenta sempre que pode, à minha co-blogger, que embora escreva menos, escreve melhor, e a quantidade nunca foi uma avaliação.
Em qualquer casa que nos deixe uma janela aberta, esta brisa entrará, pronta a contar histórias.


"enquanto houver ventos e mar, a gente não vai parar, enquanto houver ventos e mar..."


João

(quadro desenhado pela talentosa, única, e acima de tudo admirada e amiga, sandra)

quinta-feira, novembro 17, 2005

Filmes no olimpo

E naquele preciso momento, perante o talento dos actores, os deuses não resistiram às lagrimas. Inundando aquele lindo - e de certo modo abandonado - bairro com vida a fluir pelas ruas.

João

romeo and juliet

i'm not romeo, i'm not romeo, maybe you are juliet but i'm not romeo.

João

I see...

Como ultimamente tenho andado com suspeitas de perda de visão, de nitidez do que me chega aos olhos, de má noção da realidade, etc(sim, no obvio duplo sentido da coisa), resolvi fazer um auto-teste.


E S T O U

A F I C A R


M A L U C O


D A

c
a
b
e
ç
a



João

quarta-feira, novembro 16, 2005

Little desabafo

Muçulmanos hipnotisados por crenças matam-se e matam todos os dias.
A globalização aumenta o peso do anonimato a cada dia, fazendo jovens atrofiados procurar chamar a atenção sem olhar a meios.
Sociedade cada dia mais robotizada (rotineira, para os que não perceberam), enchendo a mente do trabalhador com nada.
Um país em constante decadencia, putos sem educação, sem a menor ponta de sensibilidade humanitária, sem a menor ideia do que são. Já para não falar em economia.
Uma semana que vai a meio e ja se adivinha a pior de que tenho memória.
Não tenho registo de tanta emoção misturada, e o pior é que esperam que ja saiba lidar com elas, eu que acordei para elas a relativamente pouco tempo.
É como se tivesse nascido a semana passada e ja me pedissem a solução de primitivas de funções compostas. E relembro, a semana vai a meio.
No meio de toda a desordem que se tornou este mundo que em mim caga, apenas o pensamento do teu espirito e no que ele para mim significa me conseguem deixar poisar a cabeça cansada na almofada sem receio do dia a seguir.

João

terça-feira, novembro 15, 2005

Satisfeito por cá estares(não, não consegui pensar num titulo mais feio !!!)

No meio de tanto trabalho, de tanta remexidela intelectual, de pulos e cambalhotas emocionais, de decepcções e desilusões constantes do dia-a-dia, ja para nao falar dos repentinos ataques de melancolia, no meio disto tudo, é bom saber que ha coisas que não mudam, o diabo está e estará sempre ao meu lado para me fazer levantar, mais uma vez, as 7:20. Em ponto. Não falha.
Obrigado. Afinal sempre ha gente a fazer o que deve. Ja que de mim não posso dizer o mesmo. Muito menos dos outros.

João

(...) Diga-se, ou va-se dizendo

Por mais confuso e sem duvida frustrante (uma vez que lhe torna as esperanças negras, esperanças de um dia se encaixar) que isso seja, é só quando olha para os outros que ele percebe o quanto* ela é especial para ele. E o quanto muito outros foram especiais para ele. Porquê abandonar quem nos consegue ensinar tanta coisa ? Porquê abandonar com quem aprendemos tudo?

*Um quanto diferente. Não daqueles quantitativos.

João

segunda-feira, novembro 14, 2005

Alguem explica ? (in expansis)

Há coisas que não se explicam:

Amanha vai morrer uma bailarina.
Eu deixei o meu clan, preferi dizer não as drogas.
A irmã do wally continua escondida.
O pinto da costa é dos iluminaty.
Daqui a uns tempos portugal vai implodir. Assim diz o "The all seeing eye". E o "eye" não mente.
A minha parvoice do momento.
E muita outra coisa.

João

O maravilhoso mundo textil

O conceito de "mantas a mais" não existe na minha mente.
Penso que o limite de mantas será quando as proprias costelas começarem a ceder ao peso.
Não ha nada tão confortável como a nossa, pessoal, intrespassável, amiga, suada, usada e acolhedora manta.

E não me deixem começar a falar de pijamas.


João

continuando a pecar

A situação piora um pouco quando não sabemos o que nos tenta.
Ou não sabemos porquê.
Ou sabemos tudo e mais alguma coisa, e cedemos a mesma. E é bom. Infinitamente bom. Infinatamente errado. Infinitamente desesperante.
Perdi a consciencia. É assim que me encantas. Fazes-me puff.

"she" regrets...


João

domingo, novembro 13, 2005

Pecando

Acho que quando o unico pensamento que me conforta o espirito é a tentação, algo está mal.

João.

Espírito Natalício

Estava ontem a descer em direcção aos Armazéns do Chiado com o meu co-blogger João quando me apercebi das novas decorações de Natal. Elas estão em todo o lado! Para quê este espírito natalício fora de horas? Já é mau na sua devida época...quanto mais no início de Novembro!

Tenham medo...muito medo!

Framboise

Puff (barulho da queda)

O problema é que quando se abraçam, ela desce a terra.

João

Post cronometro 4

Chuva vai bem com... beijos(demasiado facil), casacos(demasiado obvio), guarda-chuvas(demasiado parvo), jardins(demasiado pessoal)... historias.

João.

sábado, novembro 12, 2005

Post PiTaH

OlAh PeXoAhS cM eStAuM? eU eStOu MuItO tRiStE pOrQuE o MeU NaMoRaDo QuE cOnHeCi OnTeM nO GaRaGe AcAbOu CoMiGo! BETO VOLTA PARA MIM POR FAVOOOOOOOOR!


[porque eu gosto da IRONIA.]


Framboise

Yesterday..

yesterday, all my troubles seamed so far away.. now i have an anoying work in pascal, a unbelievable giant report in physics and a terrifying exam of ALGA, oh i believe in yesterday..."

João

sexta-feira, novembro 11, 2005

Frio humido e escuro

Peguei numa metáfora demasiado fácil para a considerar minha:

Na vida por vezes vamos a caminhar e caímos dentro de um poço, do qual não conseguimos sair a menos que "ela" apareça e nos lance a tal corda.

E pensei que mau mau não é quando caímos no poço, mas quando deixamos de ter esperança que alguem venha e lance a corda.

João

made in outside

So para inovar um pouco.
O meu primeiro post fora de casa.
Pode-se chamar de post viajado.
Acho que é um bom nome.

João

quarta-feira, novembro 09, 2005

Mudanças radicais

Hoje revoltei-me.
Fechei o tampo da sanita depois de usar.
É agora que ninguém me para, a minha vida mudou.


Vou começar a ler jornais. Não tou a falar do destak. Tou a falar de jornais.

João

terça-feira, novembro 08, 2005

Nome de café

Com a ridícula concentração de cafés das ruas portuguesas, a minha ideia para o nome de um seria "melhor que o do lado".

domingo, novembro 06, 2005

Caos

A pedido, reflecti:

É um pouco dificil estar em sintonia com o caos sem fazer parte do mesmo.
É um pouco dificil sentirmo-nos bem no caos sendo umas das missões que nos cabe a tranquilidade.
É um pouco dificil ser estável (leia-se feliz) ao lado do caos. É estranha a mente que se sente estável na confusão espiritual, é uma mente inconsolável, sempre com sede de sabe la o que, e saudade de qualquer coisa que nunca esperimentou, pelo que se torna uma missão díficil alguém fazer feliz uma mente imprevisivel.
É também um pouco (leia-se muito) díficil resistir a sedução jovial de uma mente assim, que nos inverte a visão do mundo, e por momentos nos faz esquecer a tranquilidade e monotonia do nosso mundo.
É um pouco dificil viver sem gente que nos faça fugir ao nosso mundo.
Mais dificil que qualquer outra coisa que eu me consiga lembrar.
Pelo menos por agora.
Qualquer tranquilidade precisa de ser agitada para voltar a acalmar, caso contrario, congela, e eventualmente, adormece.

João

Em harmonia com o caos.

Framboise: eu estou em comunhão com o caos.
João: é um conceito esquisito, estar em harmonia com o oposto da mesma.


Mas é verdade. Eu e o caos estamos a entender-nos muito bem. Ontem cheguei tarde a casa, com a cabeça a andar à roda, a pensar em mil coisas diferentes. Só consegui adormecer depois do nascer do sol. Nos meus ouvidos um longo 'piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiip' por ter estado a ouvir música muito alta durante muito tempo. A voz, quase rouca, porque para falar com alguém dentro do Hard Rock quase é preciso gritar. Os pés latejavam, doíam tanto que parecia que iam rebentar a qualquer momento. A cabeça estava tão pesada, mais pesada do que alguma vez tinha estado, e tudo o que eu queria era adormecer e esquecer. Mas não conseguia. Estive deitada de olhos fechados sem conseguir, a rever mentalmente cada momento. Fui à varanda fumar um cigarro e vi o sol nascer. Voltei para a cama, pus aquela música dos The Doors 'Riders on the Storm' que tanto gosto, e adormeci.
Acordei, com a garganta a doer, constipada, com vontade de mandar o mundo à merda. No chão, a roupa do dia anterior, que cheirava a fumo intensamente, o bilhete de entrada no Hard Rock caído debaixo dos sapatos de salto alto que tinha levado, o discman a meu lado na cama, cigarros espalhados pelo chão...

E no meio do caos, senti-me bem. Porque o meu quarto reflecte a minha cabeça...e apercebi-me que serei sempre a personificação do caos.

[e agora sugiro ao meu companheiro de blog que faça ele um post sobre isto...porque isto ficou muito pessoal.]

Framboise

A little respect



I'm so in love with you
I'll be forever blue
That you give me no reason
You know you're making me work so hard


[peço desculpa de estar sem imaginação e estar a postar um pouco de uma letra de Silence 4, e uma foto que aparentemente não tem nada a ver.]

Framboise

sábado, novembro 05, 2005

So para não estar calado

A frase the show must go on torna-se mais intimidante quanto mais cansados estamos. Acho que é normal. Mas apeteceu-me dize-lo.

João

sexta-feira, novembro 04, 2005

Bored

Isto de sermos seres racionais pode ser chato. Não nos conformamos enquanto nao soubermos a tal razão. Tudo tem de a ter.

João

Puppet master 2

Como se o medo das reacções dos outros nos condicionasse a fala.
Como querer que os outros nos vejam da maneira que nos vemos a nós. Ou que gostariamos de ver. Vai dar ao mesmo. Rigorosamente.
Como fingir novas personagens so para amplificar o conhecimento de nós proprios.
Como continuar com as personagens que os outros pensam que somos, só para os continuar a iludir. Seja a personagem e a opinião sobre ela boa ou má.
Como se eu soubesse do que falo.
Como se fingisse que sei.
Como se vocês acreditassem.

João

Puppet master

Cometo demasiadas vezes, num voluntariado inconsciente, o erro de revelar apenas o que preciso para obter a reacção que desejo.
Like puppets.
Like god.
Like being stupid.

João

quarta-feira, novembro 02, 2005

Que azar !!

Sempre me questionei sobre uma coisa, é o seguinte, a sorte e o azar são omniexistentes(isto existe ?)? ou podem não existir? Por nao ter sorte não quer dizer que tenha azar ? Ou ha um ponto... neutro ?
Não ter sorte é azar?
Temos sorte por nao termos tido azar ?

Alguem que se manisfeste !

João

terça-feira, novembro 01, 2005

Gone?...

Fazem-me sentir culpada querer ir embora. Eu que sempre disse que era um pássaro e que tinha uma necessidade constante de mudança. Não sei se vou realmente embora. Por isso não quis avisar. Porque me culpam por querer mudar?
Sabem que preciso de mudar. Sabem que preciso de enfrentar o desconhecido, de me testar para além do que conheço. E ele não me quis impedir de ir embora...'Pensa uma, duas, três vezes. Não faças nada de que te venhas a arrepender.', foi tudo o que ele disse.

Tenho medo. Tenho tanto medo! Se soubesse nunca tinha posto os pés aqui. Agora é tempo de escolher - ficar ou abandonar isto tudo para sempre.
Isto era o que sempre quis, mas aos poucos comecei a pôr em causa tudo aquilo que tinha dado como certo. E dei-me conta de que a minha cabeça é uma confusão, que nunca sei nada do que quero. Ou quero uma coisa diferente a cada momento, o que em termos práticos é a mesmo. E desde que me lembro de mim que queria isto...mas agora não tenho a certeza. Ou melhor, tenho a certeza que quero, mas não tenho a certeza de ser capaz, e não quero nada de que não seja capaz...