Companhias
Mas no fim disto tudo tento-te ver, e nunca te vejo, mas tenho a certeza que estás aqui.
Um dia destes explico-te porquê. Podes ter a certeza que sim.
João
Brisa IrreverenteMais coisa menos coisa. |
Tenho andado a concentrar-me na difícil tarefa de ignorar o Natal. Felizmente já passou. E a tentar arranjar programa para o Ano Novo. Ou melhor, um programa que me agrade. E a tentar esquecer gente que não vale a pena. E a tentar não cair, estou farta de cair, farta de não me conter. Primeiro o fumo, a cerveja e a música rock. Depois a *, os jantares, os cafés e um trio estranho. Não. Não me quero lembrar de nada. Estou no Vale Covo, esta aldeia lindíssíma onde o céu está mais perto da Terra. Estou aqui a tentar esquecer tudo. A tentar esquecer que vou ter aulas logo dia 2, agora que me começava a habituar ao ritmo boémio das férias. Estou aqui a tentar esquecer a patética existência de alguém que ainda não se apercebeu que o seu erro é apenas e somente ver-me como uma perdição e nada mais. Estou aqui a tentar esquecer que sou uma complicação. A tentar esquecer o caraças do livro francês que me fez ver mais do que queria. Estou aqui a tentar esquecer que por vezes não são apenas os outros que me desiludem, mas sim, eu que desiludo os outros. E a tentar esquecer as notas (que nem fui ver, mas acho que foram boas, pelo que me disseram). Estou a tentar esquecer que ele, e apenas ele, me faz mais falta do que alguma vez pude imaginar. Estou também a ver se esqueço a patética existência do outro. E a tentar esquecer que algumas das minhas melhores amizades arrefeceram. Culpa minha, culpa deles, não sei.