Amo aqueles que admitem os seus defeitos, pois são humildes.
Amo aqueles que admitem as suas virtudes, pois também esses são humildes.
Amo aqueles que juntam todas as suas vitórias e as apostam naquilo que acreditam, pois são corajosos.
Amo aqueles que vivem da forma que escolheram, especialmente fora dos padrões sociais. Só esses serão felizes um dia.
Amo os artistas, pois só a arte é sincera, e só eles se tornam transparentes perante os homens.
Amo aqueles que perderam a esperança e mesmo assim continuam, pois só esses poderão ser agradavelmente surpreendidos.
Amo os impulsivos, pois só esses escutam os seus mais secretos desejos e os concretizam.
Amo os narcisistas pois escolhem carregar o único fardo que realmente suportam, que são eles próprios.
Amo os monges na sua clausura e os eremitas na sua solidão, pois só eles têm verdadeira coragem para se conhecerem.
Amo os loucos pois só eles falam com o coração.
Amo os viajantes que partem à aventura para o desconhecido pois só eles sabem aceitar e conviver com o medo.
Amo aqueles que, apesar de terem falhado, não perdem a esperança e a guardam religiosamente por ser a única coisa que lhes resta.
Amo aqueles que enlouqueceram por amor pois só eles conhecem a mais nobre forma de entrega.
Framboise(23/04/06 às 18.38 no 'Il Café di Roma', entre bolos de chocolate, cafés e cigarros, depois de ler um pouco de Assim falava Zaratustra de F. Nietzsche)